Simular o comportamento das vigas de concreto armado usadas na construção civil quando sobrecarregadas com duas, quatro e até seis toneladas. Este foi o objetivo de um ensaio didático realizado na tarde da última quinta-feira (25), no Laboratório de Estruturas, no Centro de Tecnologia e Urbanismo (CTU). A atividade contou com a presença de estudantes da graduação e egressos que atuam em duas empresas localizadas em Londrina – Estrutural Projetos e Consultoria de Estruturas e RP-Sul Engenharia -, comandadas por ex-estudantes da UEL. 

“É importante que eles verifiquem como é fisicamente o funcionamento, até para dar uma segurança sobre aqueles modelos que eles utilizam para o dimensionamento e que têm afinidade com o comportamento real. A ideia é mostrar como as vigas funcionam frente a isso”, destacou o professor do Departamento de Estruturas do CTU e ex-reitor da UEL, Jorge Bounassar Filho.

Para ele, os ensaios, que já vêm sendo realizados há pelo menos cinco anos, são essenciais para complementarem o ensino nas disciplinas intituladas Concreto Armado I e II, voltadas aos estudantes dos 3º e 4º anos, respectivamente. Também acompanharam o ensaio alguns estudantes do 5º ano, totalizando cerca de 40 graduandos em Engenharia Civil.

Parceria

Contando com equipamentos do próprio Laboratório, como sensores que medem os índices de pressão e deformação das vigas de concreto, a atividade resulta da parceria entre o curso e empresas conectadas à UEL por seus fundadores e funcionários. Uma delas, a Estrutural Engenharia de Projetos, pertence aos ex-professores Vitor Pereira e Valdir Bernardi Zerbinati, este que também é egresso da graduação. “O objetivo é proporcionarmos aos alunos algo que gostaríamos de ter visto na nossa época”, destaca.

Para ele, o “boom” da construção civil em Londrina “deve-se muito ao fato de termos um curso de engenharia de muita qualidade aqui na UEL”, orgulha-se.

Também esteve presente na atividade o ex-aluno da primeira turma de Engenharia Civil da UEL José Roberto de Pontes Pinto, sócio da RP Sul, ao lado do filho, Leonardo de Pontes Pinto. A RP-Sul também é parceira do Departamento no fornecimento de materiais e as duas empresas costumam absorver graduandos da UEL. “Dos nossos 22 engenheiros, apenas um não é ex-aluno”, completa Zerbinati.