Grupo de estudantes de Veterinária se especializa em cães e gatos

Grupo de estudantes de Veterinária se especializa em cães e gatos

Gepa existe desde 2015 e trata de temas específicos em pets, como cardiologia, neurologia e ortopedia. Iniciativa foi dos próprios estudantes.

Sob a coordenação da professora do Departamento de Clínicas Veterinárias (CCA) Mônica Vicky Bahr Arias, o Grupo de Estudos de Pequenos Animais (Gepa) existe desde 2015. Inicialmente como Projeto de Extensão e, desde 2017, como Projeto de Ensino, o Gepa reúne estudantes do curso de Medicina Veterinária que desejam ter um aprofundamento nos estudos sobre cães e gatos.

O grupo surgiu de uma iniciativa dos próprios estudantes, que desejavam se especializar na área dos pequenos animais e, em conjunto com a professora, mobilizaram-se para realizar encontros frequentes com palestrantes (que podem ser alunos, professores da UEL ou visitantes e profissionais da área) dedicados a um ramo específico da Medicina Veterinária.

A organização do Gepa tem entre 10 e 12 integrantes e está dividida nas seguintes funções, exercidas pelos estudantes: presidência, convite de palestrantes, controle de inscrições, controle de presença, certificados e marketing. Atualmente, o grupo conta com aproximadamente 50 inscritos regulares. Os encontros são realizados quinzenalmente às quintas-feiras no período noturno. Além da professora Mônica Arias, o Gepa conta com a colaboração do professor Fábio Nelson Gava, também do Departamento de Clínicas Veterinárias.   

Professora Mônica Arias: Grupo nasceu de uma iniciativa dos alunos (André Ridão/Agência UEL).

A professora Mônica Arias explica que o curso de graduação tem disciplinas básicas sobre todos os ramos da veterinária. A intenção do grupo é ir além da carga horária das aulas, abordando temas de interesse para quem almeja seguir profissionalmente no tratamento de cães e gatos. Abaixo, a professora comenta sobre os objetivos do grupo:

As atividades do Gepa fazem a diferença na formação dos alunos. As demandas para a organização e o funcionamento do grupo são de grande aprendizado, exercitando o trabalho em equipe e moldando futuros profissionais preparados para o mercado de trabalho. Já para os alunos que participam como ouvintes, é possível que eles sejam apresentados a diversas possibilidades que a área de pequenos animais pode oferecer, ampliando o leque de opções de atuação e interesse profissional. 

Palestra de Outubro de 2022 com o Prof. Dr. Fernando de Biasi, com o tema “Fraturas em pequenos animais” (Divulgação/Gepa).

Embora as atividades do grupo sejam teóricas, ocasionalmente existem demonstrações em protótipos por parte dos palestrantes, que aproximam os estudantes da dinâmica real da profissão.

Pequenos animais, mercado gigante

O mercado veterinário do setor pet, que engloba os cães e gatos, está aquecido atualmente. Com uma nova dinâmica urbana e novos padrões de comportamento, os animais de estimação são considerados cada vez mais “membros da família”, demandando maiores cuidados de saúde, higiene e bem-estar. A professora Mônica Arias explica que o modo com o qual as pessoas cuidam dos pets atualmente é bem diferente do que vigorava no passado. Os animais ficam cada vez mais dentro de casa e são expostos a menos riscos de acidentes ou contaminações, por isso, a expectativa de vida é maior, o que aumenta a incidência de doenças decorrentes da idade, que necessitam de atendimento e acompanhamento médico. “É um mercado que, quando o profissional se destaca, não tem crise”, declara ela. 

O atual presidente do Gepa é Yuri Luiz, estudante do terceiro ano de Medicina Veterinária. Ele, que participa do grupo desde o seu primeiro ano de graduação, conta que ingressou no Gepa como ouvinte e, posteriormente, entrou para a organização. 

O estudante assumiu o cargo que era de Ana Paula Ribeiro, que conta que, durante a pandemia, o grupo não parou com as atividades. Inclusive, nesse período, foi registrado um maior número de inscritos. Por ser em formato remoto, a participação dos estudantes foi facilitada. Além disso, foi possível ter contato com palestrantes de diversas partes do país que, caso os encontros fossem presenciais, talvez não pudessem participar.  “Como estava todo mundo em casa, o contato com a prática fazia muita falta. Chegamos a ter 140, 180 participantes”, lembra Ana Paula.

Atualmente no quinto ano do curso de Medicina Veterinária, ela conta que participar do grupo é uma boa oportunidade para os estudantes do primeiro ano da graduação, uma vez que agrega conhecimentos aos curriculares do curso e os aproxima de uma área específica. “Desde quando eu entrei, já sabia que queria lidar com cães e gatos e o Gepa me chamou a atenção desde o começo. Acho que todo mundo que entra em Veterinária não tem noção do universo que envolve os pequenos animais”. 

Ariadne Rocha, atualmente no quarto ano da graduação, também faz parte do grupo desde o primeiro ano. Ela lembra que a Medicina Veterinária tem muitas especializações, assim como a Medicina Humana. Entre elas, estão cardiologia, nefrologia, ortopedia, anestesiologia e neurologia. “Mesmo dentro do tema de pequenos animais, as áreas estão se subdividindo cada vez mais”, ressalta.

O grupo também se volta a temas relacionados às carreiras dos profissionais da veterinária. Possibilidades para depois da formação, residência e direito veterinário são exemplos dos temas tratados, sempre com o olhar voltado ao mercado de trabalho e à preparação dos profissionais. 

Mais informações sobre o Gepa podem ser encontradas no Instagram do grupo.

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