Indígenas do povo Xetá participam de roda de conversa promovida pela Cuia

Indígenas do povo Xetá participam de roda de conversa promovida pela Cuia

Encontro reuniu representantes da etnia, estudantes e docentes em apoio à preservação das origens do povo indígena.

Indígenas da etnia Xetá que residem na Terra Indígena de São Jerônimo, em São Jerônimo da Serra (PR), participaram de uma roda de conversa na UEL nesta segunda (21) e terça-feira (22). Também participaram do evento, que inclui reuniões de trabalho, estudantes de graduação da UEL, inclusive indígenas, docentes da Universidade e o Procurador da República da 6º Câmara em Londrina, Raphael Otavio.

A roda de conversa e as reuniões de trabalho foram organizadas pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI-Sul), em parceria com o Observatório Temático Indígena da América Latina da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) e a Comissão Universidade para os Indígenas (Cuia) da UEL, contando com a participação de lideranças do povo Xetá, pesquisadores, antropólogos, advogados, militantes destas instituições e assessores da Associação Indígena da Etnia Xetá (AIEX).

Evento foi organizado pelo CIMI-Sul, em parceria com Observatório da Unila e a Cuia da UEL. (Divulgação)

A etnia Xetá já foi considerada extinta no passado. Os indígenas originários do noroeste paranaense (região de Umuarama) foram quase dizimados na década de 1940, sobrando apenas oito crianças que foram encaminhadas para a adoção e espalhadas pelo Paraná. A partir de 1998, os sobreviventes e seus descendentes começaram um processo de reagrupamento e, com isso, a busca pela demarcação de uma área territorial no município de Umuarama.

Mapa com a região ocupada pelo Povo Xetá. (Turistória)

Os integrantes da etnia Xetá mantêm a AIEX no Paraná. Não há um número exato de quantos indivíduos pertencem ao Povo atualmente, mas de acordo com um dado de 2010, aproximadamente 120 pessoas faziam parte da etnia. De acordo com o professor do Departamento de Serviço Social (Ceca) Wagner Roberto do Amaral, que participou do evento, atualmente não há integrantes do Povo Xetá estudando na UEL, mas já há um formado em História pela Universidade Estadual de Maringá (UEM).

*Estagiário de Jornalismo na COM/UEL.

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