Um grupo de oito estudantes do curso de Direito (Cesa) da UEL vai a São Paulo para participar, de quarta (4) a sexta-feira (6), da 6ª Competição Brasileira de Processo. Os estudantes integram o Grupo de Estudos em Processo Civil (Gepro), que se dedica a aprofundar os estudos sobre diversas áreas jurídicas, aproximando os estudantes de demandas reais da profissão. O Gepro é coordenado pelos professores Ivan Martins Tristão, Taigoara Finardi Martins e Thais Aranda Barrozo, todos do Departamento de Direito Público. A competição é organizada pelo Instituto Brasileiro de Direito Processual (IBDP) e reúne as principais faculdades de Direito do país.

Na competição, os alunos vão abordar um caso fictício sobre uma Ação Civil Pública por Ato de Improbidade Administrativa em virtude de suposta fraude em um processo de licitação por parte de uma Prefeitura. Como réus deste caso, estão a empresa contratada, seu sócio e o secretário de saúde do município. A ação pede a condenação solidária dos réus para ressarcimento do dano ao erário, multa, proibição da empresa de ter novos contratos com o poder público, além da perda da função do secretário e a suspensão de seus direitos políticos.

O evento vai reunir 24 equipes formadas por universidades de todo o Brasil. A primeira parte da competição vai acontecer na Escola Paulista da Magistratura (EPM) e a fase final, no Tribunal de Justiça de São Paulo. Os estudantes Davi Weber Regioli, Izabella Martins de Araújo, Anthony Mortari, Ana Paula Marques Gusmão, Henrique Cremonez Marcassi, Nicole Adolfo Pompeo, Luana Perdonmo Borghetti e Leonardo Henrique Petena serão os responsáveis por representar a UEL na competição, acompanhados dos professores Ivan e Thais e coacehs Matheus Felipe Barbosa e Sara Bovetto.

Os alunos devem elaborar uma peça de apelação e contrarrazões escritas e as respectivas defesas orais em uma dinâmica que simula um julgamento real. De acordo com o professor Ivan Tristão, as competições acadêmicas estão em alta no mundo do Direito, abrangendo temas como arbitragem, mediação, direito constitucional e direito penal. A participação dos estudantes em dinâmicas como essa é uma oportunidade para que eles desenvolvam habilidades requisitadas e indispensáveis para o campo jurídico.

Além do conhecimento técnico e da escrita, será possível desenvolver a oratória, o trabalho em equipe, o equilíbrio emocional e técnicas para lidar com prazos e pressão. O professor explica que eventos como este são importantes inclusive para o futuro dos alunos. “Acredito que as competições acabam sendo uma interessante vitrine para que os alunos se projetem profissionalmente”, afirma ele. 

O professor Taigoara Martins lembra que a dinâmica experimentada pelos alunos na competição e bem diferente da sala de aula. Ele também ressalta o contato com novos horizontes do mundo jurídico, em um aprendizado que leva ao engajamento dos alunos com o mundo profissional. 

A estudante do quarto ano Nicole Adolfo Pompeo faz parte do Gepro desde março. É o primeiro evento de nível nacional de que participa. Ela conta que experiências como o evento em São Paulo são sempre desafiadoras e funcionam como “grandes incentivadoras” da pesquisa acadêmica e do desenvolvimento interpessoal. “É uma oportunidade ímpar para simular experiências reais e entrar em contato com o mundo jurídico de uma forma enriquecedora”, opina.

O Gepro existe desde 2020 e é fruto da iniciativa dos próprios alunos, que se organizaram e buscaram professores orientadores. Atualmente, o grupo conta com 13 estudantes de graduação. Mais informações sobre o Gepro podem ser encontradas no perfil @geprouel.

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*Estagiário de Jornalismo na COM/UEL.