Grupo de estudos participa de Congresso de Saúde Coletiva em Recife

Grupo de estudos participa de Congresso de Saúde Coletiva em Recife

Evento foi realizado entre os dias 1º e 3 de novembro, em Pernambuco, e discutiu interface entre áreas da Saúde e Humanidades.

“Um congresso construído com muita esperança e por muitas mãos, corpos e mentes.” Assim foi descrito o 9° Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde (CSHS), realizado entre os dias 30 de outubro e 3 de novembro, na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em Recife/PE.

Entre pesquisadores, discentes, docentes, representantes de movimentos sociais, gestores e trabalhadores do SUS, o Grupo de Estudos sobre Gênero, Equidade e Saúde da UEL, coordenado pela docente Marselle Nobre de Carvalho, do Departamento de Saúde Coletiva (CCS), conduziu algumas atividades do evento, incluindo uma oficina pré-congresso denominada “Tecendo redes para o enfrentamento da desigualdade de gênero contra as mulheres no serviço de saúde”. 

A atividade reuniu 24 mulheres de diferentes regiões do Brasil e abordou os impactos das disparidades de gênero na Saúde, incluindo dificuldades de acesso ao mercado de trabalho e a disparidade salarial entre profissionais homens e mulheres na área, bem como a própria utilização dos serviços médicos pelas mulheres. Marselle afirma que a oficina teve como objetivo “propor estratégias de mobilização, visando o fortalecimento de ações e práticas de enfrentamento às desigualdades de gênero, especialmente nos espaços de saúde.”

Professora Marselle durante mesa-redonda sobre força de trabalho, a convite da diretora do Departamento de Gestão da Educação na Saúde (Deges/MS), Regina Gil (Fotos: Arquivo pessoal).

Além da oficina, dois trabalhos foram apresentados durante o congresso: “Rede de enfrentamento à violência sexual e doméstica em Londrina”, pela doutoranda Josiane Maia, e o trabalho de Ediane Lima, sobre cuidado integral às crianças vítimas de violência sexual e de gênero.

Os temas abordados integraram a proposta do Congresso, que buscou discutir questões cruciais para a Saúde Coletiva, explorando a intersecção com as Ciências Sociais e Humanas e promovendo ações coletivas para uma sociedade mais justa, fundamentada em um pensamento emancipatório. O evento, realizado pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco e o Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz Pernambuco), teve como tema orientador “Emancipação e Saúde: decolonialidade, reparação e reconstrução crítica”.

Apresentação de Marselle Carvalho durante mesa-redonda no evento.

*Estagiária de Jornalismo na COM/UEL.

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