Ações solidárias são prestigiadas no Prêmio Boas Práticas na Recepção dos Alunos Ingressantes
Ações solidárias são prestigiadas no Prêmio Boas Práticas na Recepção dos Alunos Ingressantes
A iniciativa surgiu para impulsionar e visibilizar as atividades realizadas pela comunidade estudantil e incentivar alternativas a qualquer trote violento.“Pensar no Prêmio Boas Práticas é nos nutrirmos de boas energias e de uma experiência que foi muito agradável, a demonstração daquilo que pode ser uma potência na Universidade Estadual de Londrina”. Foi com estas palavras que a reitora Marta Favaro celebrou em seu discurso, no púlpito do Anfiteatro Cyro Grossi (CCB), a realização do 9º Prêmio Boas Práticas na Recepção dos Alunos Ingressantes. Alunos de 30 cursos foram reconhecidos na tarde desta terça-feira (5) por suas ações solidárias na recepção dos ingressantes, no início do ano letivo na UEL.
A iniciativa surgiu em 2014, como uma maneira de impulsionar e visibilizar as atividades realizadas pela comunidade estudantil na Semana de Recepção aos Ingressantes, além de incentivar alternativas a qualquer trote violento ou vexatório. Tais práticas são proibidas na Universidade pelas Resoluções CEPE/CA Nº 177/2008 e CU Nº 161/2008, e pela Lei Municipal Nº 11.468.
Com ações que foram desde a confecção de um Manual para os ingressantes até a reforma do jardim do Centro de Tecnologia e Urbanismo (CTU), alunos e professores foram prestigiados e receberam certificados expedidos pela Prograd, anexados ao currículo como atividade acadêmica.
Relação com a comunidade: o maior diferencial
Foi o segundo ano consecutivo que a estudante do 3º ano de Design de Moda Bianca Ireno Catalani participa do Prêmio. Juntamente com o curso de Design Gráfico, os alunos promoveram o Bazar Lilás durante a Semana de Recepção 2023. O bazar, nomeado em homenagem à campanha de prevenção à violência doméstica – Agosto Lilás, arrecadou peças de roupas, acessórios e calçados destinados à 6ª Vara à Casa Abrigo Canto de Dalia, local de passagem e a acolhimento para mulheres vítimas de violência doméstica.
Além da importância social do projeto, que arrecadou 180 itens direcionados à vítimas, a atividade solidifica as práticas de empatia e acolhimento para os novos estudantes da UEL. “Trazendo essas iniciativas dos Trotes Solidários para dentro da Universidade e dos cursos, a gente já consegue passar essa visão para os alunos que estão entrando de como nós podemos devolver para a comunidade o que a gente faz aqui dentro da Universidade”, discursou Catalani no evento.
Representando o curso de Pedagogia, a professora Sandra Regina Mantovani Leite celebrou o início e a continuidade de ações que aproximam a Universidade com a comunidade externa. “É um momento muito bom para mim como professora, privilegiando essa relação com a comunidade, que é o que faz a universidade pública ser diferenciada”, pontuou.
Pedagogia participou das atividades com doações de livros infantis para o Centro de Educação Infantil Reverendo Jonas Dias Martins. “Como participante e organizadora da recepção dos ingressantes do curso de Pedagogia, gostaria de afirmar que esta é uma das ações que potencializam a formação dos nossos estudantes em sua dimensão ética”, ressaltou a docente. “Potencializa ações de cuidado, amizade, companheirismo e acolhimento àqueles que ingressam num novo espaço muito diverso”, concluiu.
Orgulho e gratidão
A Pró-reitora de Graduação, Professora Ana Márcia Fernandes Tucci de Carvalho, destacou o trabalho da campanha “Antes de Tudo, #EuRespeito”, desenvolvida em 2019 com o objetivo de simbolizar consideração e sentimentos positivos para com quem está chegando na UEL. Através do trabalho sensível do coletivo de alunos e docentes, a iniciativa reforça valores como empatia, solidariedade e humanidade num meio tão diverso quanto o universitário.
“Hoje, a minha palavra de ordem certamente é gratidão, mas tenho que colocar outra em paralelo à ela: orgulho. A campanha #EuRespeito só funciona pela colaboração entre os coordenadores, diretores e, principalmente, os alunos”, afirmou Ana Márcia.
A Reitora concluiu o evento agradecendo aos participantes e reconhecendo que, mesmo que ainda exista um longo caminho a ser trilhado. Para, a união da comunidade universitária pode trazer transformações positivas para a Instituição. “Esse prêmio só existe de fato porque existe um trabalho coletivo, pessoas que acreditam que dar visibilidade a ações solidárias criam uma cultura solidária na Instituição. Provoca mudança de comportamento, interação e aproximação”, concluiu.
*Estagiária de Jornalismo da COM/UEL.