Laboratório de Línguas da UEL completa 50 anos de história
Laboratório de Línguas da UEL completa 50 anos de história
Instituído em 1974 pelo professor Jean Marie Breton, hoje o laboratório atende milhares de estudantes por ano.Referência no ensino de idiomas estrangeiros, o Laboratório de Línguas da Universidade Estadual de Londrina (Lab Línguas) está completando 50 anos de criação. Fundado em 1974 pelo professor Jean Marie Breton, apenas três anos após o reconhecimento da Instituição por parte do Ministério da Educação, o laboratório auxilia, desde então, as dimensões de ensino, pesquisa e extensão da UEL, além de prestar serviços à comunidade interna e externa como um todo.
Vinculado ao Departamento de Letras Estrangeiras Modernas (CLCH), hoje, o Laboratório oferece aulas nos formatos remoto e presencial, com ensino de oito idiomas: Alemão, Espanhol, Inglês, Francês, Italiano, Libras, Mandarim e Português para falantes de outras línguas (PFOL). Só no ano de 2024, o projeto já atendeu 2221 estudantes distribuídos em cerca de 100 turmas, contando com participantes não apenas de Londrina e região, mas também de outras nações.
De acordo com a coordenadora geral do Lab Línguas, professora Juliana Tonelli, do Departamento de Letras Estrangeiras Modernas (CLCH), o cinquentenário é uma data muito significativa, fruto da superação de muitos desafios e do compromisso do Laboratório com a internacionalização do ensino superior. Para ela, a sua longevidade demonstra a qualidade da Universidade e a relevância dos serviços prestados à sociedade.
Para a docente Arelis Ortigoza, coordenadora pedagógica do Laboratório, é um privilégio comemorar as cinco décadas de atuação da escola. Ela chama atenção para o empenho contínuo do projeto na formação dos estudantes, o que, segundo a docente, é fundamental no processo didático para além dos limites territoriais. “Acredito que estamos investindo no presente e no futuro do ensino e da aprendizagem de línguas estrangeiras, semeando em terreno fértil, numa perspectiva multilíngue e transcultural”, expressa Arelis.
Meio século de história
“Um conjunto de aparelhos eletrônicos, que possibilita o aprendizado coletivo e individual do aluno em vários setores de seus estudos, especialmente nas disciplinas que envolvem as línguas”, foi assim que, em 1984, o professor Jean Marie Breton, o descreveu. Na época, além de auxiliar estudantes no aprendizado de outros idiomas, o Laboratório também era um polo de inovação e tecnologia na universidade, funcionando a favor dos docentes na transmissão de aulas, preparação de monografias, dentre outros usos, todos feitos através de equipamentos que, até então, eram descritos como os mais modernos no país.
Em 1985, cerca de dez anos após sua criação, o Laboratório contava com um circuito interno de televisão, um arquivo de fitas-cassete, além de cabines com gravadores e fones de ouvido, todos contidos em duas salas do Departamento de Letras, onde o projeto era realizado. Junto aos cinco idiomas então lecionados (Inglês, Francês, Japonês, Espanhol e Alemão), o centro também oferecia serviços de preparação de aulas, tradução em pequena escala, pesquisa histórica e gravações externas. Em 2004, com a inauguração do Instituto de Referência em Ciências Humanas (IRCH), o Lab Línguas foi realocado no segundo andar do prédio, onde se encontra até os dias atuais.
Ao longo dos anos – e com a crescente distribuição de recursos tecnológicos por todo o campus – o Laboratório deixou de ser um instrumento de ensino geral para professores da instituição mas manteve seu papel no estudo de línguas estrangeiras, se adaptando constantemente. Nos últimos anos o centro passou a oferecer novos recursos e modalidades de ensino, como aulas de Inglês para crianças, de Português para falantes de outras línguas e de Libras, bem como uma biblioteca de literatura em idiomas estrangeiros. No passado ainda houveram cursos de Árabe, Grego e até Latim clássico.
Recorte de matéria de 1985 sobre o Laboratório
Equipe Pedagógica
Atualmente, a escola conta com uma equipe de professores qualificados em suas
respectivas áreas de especialidade, além de graduandos dos cursos de licenciatura em Letras Espanhol e Letras Inglês (CLCH) da Universidade, visto que o projeto também atua como campo de estágio para os estudantes. Eles são selecionados por meio de exames e entrevistas – realizadas por professores do Departamento – e monitorados durante o período em que ministram as aulas.
Dentre os mais de 26 mil estudantes que passaram pelo Lab Línguas entre 2000 e 2024, a professora Natália Arita, que leciona as aulas do curso de espanhol, foi uma das alunas. Ela conta que iniciou no Laboratório em 2017 e, através de uma das instrutoras que então integrava o programa de estágio, conheceu o curso de Letras – Espanhol da UEL. Então, em 2019, a docente, que já era formada em Direito, ingressou na graduação e, posteriormente, também atuou como estagiária no projeto.
Ao concluir sua formação, Natália assumiu o papel de professora no Laboratório, onde hoje é responsável por três turmas da língua espanhola. Ela relata que a experiência foi transformadora, representando um passo fundamental em sua trajetória profissional e pessoal. “A possibilidade de ter participado em múltiplos papeis – aluna, estagiária e, agora, professora – é algo que valorizo imensamente”, expressa a docente.
Serviço
As salas e a secretaria do Laboratório ficam localizadas no segundo piso do Instituto de Referência em Ciências Humanas (IRCH), no Centro de Letras e Ciências Humanas da UEL. As aulas são ofertadas de forma semestral com pagamento de taxa única. Demais informações sobre os cursos podem ser obtidas no site do Lab Línguas, através do telefone (43) 3371-4296 ou pelo e-mail labling@uel.br.
*Estagiário de Jornalismo na COM/UEL.