HU da UEL oferece assistência especializada em endometriose

HU da UEL oferece assistência especializada em endometriose

O serviço foi estabelecido seguindo diretrizes nacionais e internacionais para o tratamento da endometriose, integrando diferentes especialidades médicas para proporcionar um cuidado integral

Assessoria de Comunicaçãoi HU

Agência UEL


Desde março deste ano o Hospital Universitário da UEL (HU-UEL) conta com um Ambulatório especializado no diagnóstico e tratamento da endometriose. Localizado no AEHU (Campus), foi idealizado com o objetivo de oferecer atendimento multidisciplinar e especializado para mulheres portadoras desta condição
complexa.

O serviço foi estabelecido seguindo diretrizes nacionais e internacionais para o tratamento da endometriose, integrando diferentes especialidades médicas para proporcionar um cuidado integral.

A endometriose é uma condição ginecológica inflamatória crônica caracterizada
pelo desenvolvimento do tecido que, normalmente, reveste o interior do útero,
fora da cavidade uterina.

Segundo o ginecologista Francisco Lopes, responsável pelo Serviço, a condição afeta aproximadamente 10% das mulheres em idade reprodutiva, representando uma das principais causas de dor pélvica crônica e infertilidade. No Brasil, estima-se que cerca de 7 milhões de mulheres convivam com esta condição.

Os sintomas implicam em significativo prejuízo à qualidade de vida das
pacientes. A condição pode causar: dor crônica no abdômen, especialmente
durante o período menstrual; cólicas menstruais intensas; dor durante as
relações sexuais; alterações intestinais, como dor para evacuar e sangramento
e dificuldade para engravidar.

O serviço prioriza procedimentos minimamente invasivos
e possibilita uma recuperação mais rápida da paciente (Foto: HU)

O Ambulatório

O ambulatório conta com uma equipe multiprofissional especializada. “A
abordagem multidisciplinar é fundamental, pois a endometriose pode acometer
diferentes órgãos e sistemas, exigindo expertise de várias especialidades para
um tratamento adequado e completo”, apontou Francisco Lopes.

O Serviço prioriza técnicas minimamente invasivas em sua abordagem, reduzindo o trauma cirúrgico e tornando a recuperação mais rápida e com menor tempo de internação. São cerca de 70 pacientes atendidos por mês, e em torno de 12 cirurgias no mesmo período.

Entre as pacientes beneficiadas pelo serviço está Samantha Cavalarini Silva, de 31 anos. Há três anos ela foi diagnosticada com a condição: “Eu sempre tive cólicas normais, mas nunca me preocupei e nem tinha conhecimento sobre endometriose. Quando procurei o Pronto Atendimento foi por conta de um pico de dor muito forte. Iniciado o acompanhamento em uma Unidade Básica de Saúde”, disse.

Na sequência, a UBS a encaminhou para o tratamento especializado no Ambulatório do AEHU diante da necessidade de intervenção cirúrgica, “quando passei pelas consultas no Ambulatório fiquei muito mais tranquila e satisfeita em relação à cirurgia”, revelou Samantha, que segue se recuperando rapidamente e sem complicações, um mês após o procedimento.

A estruturação do serviço seguiu um modelo de centro de referência, onde
pacientes com suspeita ou diagnóstico confirmado de endometriose recebem
avaliação completa, desde o diagnóstico até o tratamento cirúrgico quando
necessário.

O atendimento que tem sido voltado à regulação da demanda interna represada, em breve será aberto para outros serviços. Para ter acesso ao Ambulatório, a paciente deve ser encaminhada por uma UBS ou pelas Secretarias Municipais de Saúde (SMSs). O agendamento ocorre por meio do Sistema de Regulação (Sisreg), conforme disponibilidade e prioridade clínica.

Ao centro, o ginecologista Francisco Lopes com a equipe do Ambulatório (Foto: HU)

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