Docente apresenta projeto em evento do CNPq sobre nova industrialização

Docente apresenta projeto em evento do CNPq sobre nova industrialização

O vento foi uma etapa preparatória para a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, programada para junho.

O professor Admilton Gonçalves de Oliveira Junior, coordenador do Laboratório de Biotecnologia Microbiana (Labim), do Centro de Ciências Biológicas (CCB), esteve em Brasília (DF) participando como painelista do I Workshop de Bolsas DT do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), entre os dias 9 e 11 de abril. O evento foi uma etapa preparatória para a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, programada para o mês de junho deste ano. A programação enalteceu a importância do conhecimento produzido nas instituições de pesquisa do País no contexto da nova industrialização do Brasil, conforme destacou o presidente do CNPq em seu discurso de abertura, Ricardo Galvão. 

A participação do professor da UEL ocorreu em um eixo da programação dedicada aos temas bioeconomia, descarbonização e transição e segurança energéticas como garantia de recursos para as gerações futuras. Selecionado ao lado de dois pesquisadores em meio a outros 24 projetos de todo o País, Admilton Gonçalves apresentou os objetivos e resultados do seu projeto intitulado “Prototipagem de Biodefensivos Promotores de Crescimento em Plantas: uma nova geração de biocontrole com foco em maior produtividade”

Este projeto tem o objetivos de estudar os genomas de quatro linhagens de Bacillus velezensis evidenciando atributos genéticos importantes nas relações benéficas bactéria-planta, os processos fermentativos viáveis para aplicação industrial em fermentação submersa e desenvolver formulações estáveis e validar em condição de ambiente relevante. Agente biológico desenvolvido para o controle de doenças causadas por fungos em plantas, o Bacillus velezensis é base para um fungicida – Frontier Control – fruto de uma parceria entre o Labin, a Simbiose Indústria e Comércio de Fertilizantes e Insumos Microbiológicos e a Agência de Inovação Tecnológica da UEL (Aintec).

CNPq

Durante a abertura do evento, o presidente do CNPq, Ricardo Galvão, lembrou que, com o domínio das novas tecnologias, o mundo avança cada vez mais concentrado em ilhas do conhecimento que deixam muitas nações de fora e o único caminho para se evitar essa situação é nos prepararmos para também ingressar nessas ilhas de conhecimento. “Se nós olharmos o perfil das exportações brasileiras enquanto aumentamos fortemente no agronegócio (que também tem muito investimento científico), a indústria tem ido um pouco para trás”, afirmou Galvão. “Temos de aumentar e estimular fortemente a interação com a indústria. Essas bolsas DT têm de caminhar cada vez mais para se acoplar à nova industrialização do pais”, comentou ele, lembrando da criação dessa modalidade de bolsa, destinada a questões aplicadas, e da resistência encontrada por ela dentro do ambiente acadêmico. “Ainda temos uma academia muito voltada para seu próprio umbigo. Nós, professores das universidades, ainda treinamos nossos alunos pensando que eles vão ser aqueles que vão nos substituir no futuro e mais nada”, completou.

Ao longo do evento, os participantes do Workshop discutiram cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais para a segurança alimentar, nutricional e energética; o complexo econômico industrial da saúde resiliente para reduzir as vulnerabilidades do Sistema Único de Saúde (SUS) e ampliar o acesso à saúde; infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade sustentáveis para a integração produtiva e o bem-estar nas cidades, transformação digital da indústria para ampliar a produtividade; bioeconomia, descarbonização e transição e segurança energéticas para garantir os recursos para as gerações futuras; tecnologias de interesse para a soberania e defesa nacionais; e desenvolvimento tecnológico e a inovação no CNPq.

Admilton Gonçalves de Oliveira Junior é coordenador do Laboratório de Biotecnologia Microbiana (Labim), vinculado ao Centro de Ciências Biológicas (CCB). (Foto: arquivo pessoal).  

Bolsas DT

As bolsas DT têm a finalidade de distinguir o pesquisador, valorizando sua produção em desenvolvimento tecnológico e inovação. Para solicitar uma bolsa DT, o pesquisador interessado deverá cumprir requisitos como apresentar título de doutor ou experiência em atividades de desenvolvimento tecnológico, extensão inovadora ou transferência de tecnologia, e, ainda, se enquadrar nos critérios para a concessão, apresentando produção tecnológica que, além  de publicações, abrange: registros ou depósitos de propriedade intelectual, desenvolvimento de produtos ou processos não patenteados; ações transferência de tecnologia para o setor público ou para o setor produtivo; formação de recursos humanos e outras atividades.

(Com informações da assessoria do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações).

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