Design Gráfico vai elaborar novo sistema de sinalização para o Campus da UEL
Design Gráfico vai elaborar novo sistema de sinalização para o Campus da UEL
O cronograma prevê dois anos, mas na metade deste tempo já deve estar finalizado um teste, com a nova sinalização instalada no Calçadão e nos órgãos da ReitoriaProfessores e estudantes do curso de Design Gráfico da UEL vão elaborar um novo e moderno sistema de sinalização para o Campus Universitário. O projeto foi oficialmente aprovado mês passado e receberá recursos do Fundo Paraná, criado para apoiar financeiramente o desenvolvimento científico e tecnológico do Estado e para a realização de programas e projetos de pesquisas institucionais. São cerca de 100 mil reais, que serão usados para pagamento de bolsas e aquisição de três notebooks especialmente preparados para o desenvolvimento do projeto.
De acordo com o coordenador do projeto de sinalização, professor Claudio Pereira de Sampaio (Design Gráfico) a proposta foi desenvolvida em parceria com a Pró-Reitoria de Planejamento. O cronograma prevê dois anos, mas na metade deste tempo já deve estar finalizado um teste, com a nova sinalização instalada no Calçadão e nos órgãos da Reitoria.
Sampaio, que também coordena um projeto de sinalização para o Hospital Universitário, informou que já estão sendo iniciadas as pesquisas para embasamento da proposta. Aliás, algumas ideias empregadas lá poderão ser aproveitadas no novo projeto, como pictogramas e setas.
O professor adiantou vários aspectos da proposta. Uma delas pensa na internacionalização da Universidade, por isso as informações estarão em português e inglês. Os Centros de Estudo serão identificados por cores, assim como os serviços (Sebec, Segurança, etc.), e Sampaio – que é designer e arquiteto – destaca que tudo será pensado com vistas ao desempenho ergonômico, ou seja, na melhor interação entre as pessoas e os sinais, a fim de maximizar eficiência e segurança, entre outros aspectos.
As fontes (tipografia) levarão em conta a legibilidade e o referido desempenho, além da vantagem de ser gratuita. Da mesma forma, a sinalização garantirá acessibilidade e inclusão, pensando na mobilidade, nas pessoas com baixa ou nenhuma visão (braile) e neurodivergentes, numa proposta com contraste de cores. A proposta também não esquece de que deve funcionar à noite, e neste aspecto há uma parceria com a Prefeitura do Campus, responsável pela iluminação da UEL.
Sampaio enfatiza um outro aspecto fundamental, considerando a História da UEL: a proposta deve ser em perfeita integração com a Natureza, pródiga no Campus. Mas vê aí um desafio arquitetônico, pois lembra que muitas edificações têm estilo moderno ou brutalista, ou seja, construções erguidas em tempos diferentes exibem estilos distintos, tudo em meio a muito verde.

Todas estas ideias serão materializadas em suporte como totens, placas, displays, adesivagem direta (por exemplo em paredes) e mapas, sejam visuais ou táteis. O piso tátil pode ser ampliado e haverá ainda QR Codes para acesso a mais informações.
Estudantes
O professor Claudio Sampaio disse que participarão diretamente do projeto três estudantes, duas do Design Gráfico e uma da Arquitetura, além do professor Antonio Barizon Filho (Design Gráfico). Outros dois docentes serão colaboradores: Gilson Bergoc (Arquitetura), ex-prefeito do Campus, com suporte à parte dos pisos táteis, e Camila Doubek (Design Gráfico), diretora da Gráfica da UEL, com o Manual de Wayfinding, que servirá de baliza para qualquer acréscimo futuro no sistema de sinalização do Campus.
Como Sampaio ministra uma disciplina de Sinalização no segundo ano de Design Gráfico, e a turma também contribuiu: os alunos fizeram pesquisas e elaboraram sete propostas que serão apresentadas em sala de aula e poderão ser aproveitadas no projeto.

