Em plebiscito, 95,36% dos votantes rejeitam Lei Geral das Universidades
Em plebiscito, 95,36% dos votantes rejeitam Lei Geral das Universidades
Resultado foi divulgado nesta segunda-feira, após as 18 horas. Total de votantes da comunidade universitária foi de 3.575.A grande maioria (95,36%) dos 3.575 participantes do Plebiscito que colheu a opinião da comunidade universitária sobre a Lei Geral das Universidades rejeitou a proposta que tramita na Assembleia Legislativa (ALEP), podendo ir a plenário já nos próximos dias. Outros 4,64% disseram sim ao projeto de lei. Os dados foram computados no final da tarde desta segunda-feira (13) pela Comissão Especial instituída pela Reitoria a pedido do Conselho Universitário (CU) para realizar a consulta. Os percentuais consideram somente os votos válidos, excluindo os nulos e brancos.
A apuração demonstrou ainda que 71,69% dos votantes respondeu sim à segunda parte da consulta, que questionava se o eleitor é favorável que as Universidades Estaduais elaborem uma proposta e a encaminhe ao Governo do Estado. Nesta questão, 28,31% responderam não. Os resultados completos e estratificados por categoria serão divulgados, nesta terça-feira, dia 14. A votação teve início na última sexta-feira (10) e terminou às 18 horas desta segunda, de forma online e ininterrupta, via Sistema SAELE.
Solicitação – o reitor da UEL, Sérgio Carvalho, esteve nesta segunda (13) pela manhã, com os reitores das demais Universidades Públicas, em reunião da Associação das Instituições de Ensino Superior do Paraná (APIESP). O objetivo do encontro foi analisar a proposta da LGU, na tentativa de encontrar um consenso entre todas as sete Instituições Públicas Paranaenses.
Na parte da tarde o reitor esteve na ALEP para novamente realizar um corpo a corpo com os parlamentares, levando a posição aprovada no Conselho Universitário, de retirada de pauta do projeto para que a comunidade possa debater a proposta.
No final da tarde, os reitores das Universidades se reuniram com a base do Governo, na Alep, e com o Superintendente de Ensino Superior, Ciência e Tecnologia, Aldo Bona. Nesta terça-feira (14) o reitor permanece em Curitiba para acompanhar a tramitação do projeto de lei, reafirmando a posição da UEL junto aos deputados estaduais.
Artigo – além do ofício às lideranças, o reitor e o vice-reitor, professor Décio Sabbatini Barbosa, assinam artigo de opinião, publicado nesta segunda (13), na Folha de Londrina, onde analisam os impactos da LGU. De acordo com o texto, intitulado “Riscos e considerações sobre a Lei Geral das Universidades”, os dois autores afirmam que proposta do governo deverá impactar serviços importantes prestados à sociedade, que representam saúde, qualidade de vida e cidadania.
A proposta poderá colocar em risco a atividade de órgãos suplementares e de apoio como Clínica Odontológica, Bebê Clínica, Clínica Psicológica, Escritório de Aplicação de Assuntos Jurídicos (EAAJ), Casa de Cultura e Fazenda Escola. O artigo citou estudo desenvolvido pela Pró-reitoria de Planejamento (Proplan), que demonstrou que a UEL poderá perder 464 vagas de servidores que atuam nestes órgãos, colocando em risco o trabalho desenvolvido. Por fim o reitor e o vice-reitor pedem o envolvimento da sociedade civil para tentar suspender a proposta da pauta da ALEP.