UEL firma parceria com Prefeitura de Londrina para promover curso de combate ao racismo
UEL firma parceria com Prefeitura de Londrina para promover curso de combate ao racismo
Curso será oferecido no próximo semestre e é destinado aos 15 mil servidores dos órgãos municipal e estadual.A UEL e a Prefeitura de Londrina firmaram uma parceria, na tarde desta última terça (15), para a promoção de um curso de formação de combate ao racismo, que será disponibilizado na plataforma da Escola de Governo da Prefeitura no segundo semestre deste ano. Esse material será direcionado aos servidores dos dois órgãos públicos, de todos os níveis e cargos, sem nenhum custo aos participantes. A medida foi implementada pelo decreto nº 291/2023 e envolve, também, o Movimento Negro de Londrina e o Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (CMPIR).
O objetivo, com a inclusão dessas áreas de conhecimentos, é incentivar os servidores de ambos os órgãos a aprimorarem sua formação em temas que envolvam a cultura afro-brasileira, questões étnico-raciais, racismo e vários outros tópicos. A assinatura do decreto, que ocorreu no Gabinete do prefeito, Marcelo Belinati, contou com a presença de uma equipe da UEL: a reitora, Marta Favaro; a diretora do Serviço de Bem Estar à Comunidade (Sebec), Angela Maria Lima; a diretora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab), Marleide Perrude; e o chefe da Divisão de Capacitação Docente e Técnica (ProRH), Antonio de Lima Filho; também participaram promotores de Justiça, gestores e secretários do governo municipal e integrantes do Movimento Negro e do CMPIR.
Desafio a ser superado
A reitora da UEL, Marta Favaro, parabenizou a todos os servidores envolvidos nas atividades de combate ao racismo na instituição, como as cotas raciais e campanhas especiais, de forma voluntária. Marta também citou que os cursos de formação para combate ao racismo têm sido propostos e desenvolvidos na UEL, mas a adesão de alunos, professores, técnicos e demais integrantes da comunidade acadêmica ainda são um desafio a ser superado.
“Iniciamos o processo, mas a adesão precisa ser conquistada, e essa ação que a Prefeitura está propondo vai fortalecer a adesão, como um incentivo. Temos de insistir e não desistir, criar estratégias para atrair cada vez mais pessoas, em um projeto de conscientização, informação e conhecimento, para rever o que foi naturalizado. É preciso mudar a realidade, os desafios são muito grandes pois nem todos estão dispostos, e essa é uma luta difícil. Mas, temos um grupo potente fazendo isso, e o incentivo da Prefeitura aos seus servidores proporciona também um avanço na Universidade”, comentou.
Na assinatura do decreto, o prefeito Marcelo Belinati destacou que todo e qualquer tipo de preconceito é danoso à sociedade, seja de raça ou cor, condição socioeconômica ou orientação sexual. “O preconceito é algo que não cabe em lugar algum no mundo, pois todas as pessoas devem ser respeitadas – independente de como elas são. Temos um desafio muito grande no Brasil com essas áreas, teremos de correr atrás e creio que esse é um bom começo”, apontou.
Sobre a possibilidade de os cursos contribuírem para o combate ao racismo, o prefeito citou como exemplo o fato de que questionava cotas raciais e defendia a implantação apenas de cotas sociais. “Já questionei as cotas raciais, e na época estudei para compreender. Por isso essa ação é muito importante, porque vai levar o conhecimento e entendimento para muitas pessoas que, às vezes, ainda não têm esse entendimento. E vai criar um círculo virtuoso, porque as pessoas vão levar essa informação a outras. Contem comigo, às vezes não podemos fazer tudo, mas no que puder ser feito, tenham a certeza que faremos. Nossa missão é grande, e aumentou. Então, teremos de trabalhar muito para avançar, cada vez mais”, acrescentou.
A gestora municipal de Promoção da Igualdade Racial, Fátima Beraldo, citou que a Prefeitura de Londrina e a UEL são as maiores empregadoras da cidade, somando 15 mil servidores, aproximadamente. “Com essa assinatura, essas duas instituições avançam em uma pauta da maior relevância, que é o combate ao racismo estrutural e institucional. Londrina sai na frente e é modelo, pois não conheço no Paraná algo similar”, frisou.
(Com informações do Núcleo de Comunicação da Prefeitura de Londrina – N.Com)