A Universidade Estadual de Londrina, por meio da articulação de diversos setores, concluiu mais um ciclo de formação continuada com o curso de Letramento Racial para servidores públicos, desenvolvido em parceria com a Prefeitura Municipal de Londrina desde 2023. Nesta nova etapa, foram ofertadas 40 vagas, sendo 20 para cada instituição. O objetivo é propor uma discussão introdutória sobre a temática racial com o propósito de promover reflexões que possibilitem a interpretação de códigos e práticas racistas que estão no cotidiano.

Voltado inicialmente para gestores das pastas da Assistência Social e Saúde, e chefes de divisões da UEL, a iniciativa nasce da necessidade de formação de uma comunidade antirracista, conforme proposta da Campanha permanente UEL na Luta Contra o Racismo, destaca a professora Marleide Rodrigues da Silva Perrude, coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (NEAB). A coordenação das ações também conta com o trabalho da gestora de Políticas de Promoção de Igualdade Racial da Prefeitura Municipal de Londrina (PML), Maria de Fátima Beraldo.

Por meio dos encontros realizados entre os meses de setembro e outubro, totalizando carga horária de 32 horas, os participantes tiveram contato com os seguintes temas: Letramento racial e a luta antirracista (18/09); Branquitude e a luta antirracista (2/10); Diálogos interculturais sobre práticas antirracistas (16/10); e Práticas Antirracistas: da Teoria à Ação (31/10).

Nos encontros realizados entre setembro e outubro, com carga horária de 32 horas, os participantes tiveram contato com os seguintes temas: Letramento racial e a luta antirracista (18/09); Branquitude e a luta antirracista (2/10); Diálogos interculturais sobre práticas antirracistas (16/10); e Práticas Antirracistas: da Teoria à Ação (31/10).

Ao longo dos encontros, os estudos teóricos foram trabalhados com oficinas, rodas de conversas e vivências, a fim de problematizar a ideia de raça como conceito central para a análise e percepção da realidade; discutir os conceitos ligados ao racismo estrutural, racismo institucional e suas implicações no cotidiano; identificar, contextualizar e excluir do vocabulário, atitudes e expressões racistas e promover reflexões sobre uma educação antirracista.

Para nortear o trabalho, a equipe responsável pela organização adotou publicações fundamentais, como “O genocídio do negro brasileiro: um processo de racismo mascarado”, de Abdias do Nascimento; “O Negro na sociedade brasileira: resistência, participação, contribuição”, de Kabengele Munanga; “Pequeno Manual Antirracista”, de Djamila Ribeiro; e o “O Índio brasileiro”, de Gersem José dos Santos, entre outras publicações. O trabalho dos professores do Departamento de Serviço Social da UEL Eloá Kastelic e Wagner do Amaral também foi debatido no curso de formação. 

O curso de formação continuada Tecendo Diálogos para Práticas Antirracistas é realizado por meio de uma articulação entre a Pró-reitoria de Recursos Humanos (ProRH), o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros, o Serviço de Bem-Estar à Comunidade (Sebec), a Secretaria Municipal de Recursos Humanos da Prefeitura Municipal de Londrina. Foram responsáveis pela organização os seguintes servidores: Antônio Bezerra (PRORH/UEL), Angela Maria de Sousa Lima (SEBEC), Leandro Altimari (PRORH/UEL), Marcelle Diorio de Souza (SMRH/PML) e Juliana Bueno Grizos de Carvalho (GPPIR/PML).

*(Assessor Especial na Coordenadoria de Comunicação Social).