Alunos solucionam crises internacionais na Simulação UEL das Nações Unidas
Alunos solucionam crises internacionais na Simulação UEL das Nações Unidas
A 5ª edição do SUN reuniu estudantes de vários cursos e permitiu que futuros delegados debatessem num cenário similar ao da ONU.Quem passou pela Universidade Estadual de Londrina entre os dias 19 e 20 de agosto notou uma movimentação incomum para o fim de semana: dezenas de jovens com traje formal, alguns até mesmo carregando bandeiras de diferentes países, todos reunidos no Anfiteatro do Centro de Estudos Sociais Aplicados (Cesa). Os alunos, tratados como delegados, compareceram à 5º edição da Simulação UEL das Nações Unidas (SUN).
Assim como acontece na ONU, os participantes representavam delegações de países diversos, reunidos em comitês com o objetivo de debater e aprovar uma agenda que, após seis sessões de elaboração, resultaria na resolução de um problema que aflige a comunidade internacional.
O evento contou com cinco comitês: o Comitê Social, Cultural e Humanitário (SOCHUM) tratou do referente à crise na Etiópia, negligenciada pelo âmbito global e considerada a pior do mundo. O conflito Russo-Ucraniano foi debatido pelo Conselho de Segurança (CS), que tentou obter uma maneira de encerrar a guerra na Ucrânia. O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (CDHNU) encontrou muitos desafios nos debates do tema Terapias de conversão sexual para crianças e adolescentes LGBTQIAPN+.
A Organização Internacional do Trabalho deliberou sobre a situação dos trabalhadores no Catar, explorados durante a Copa do Mundo de 2022. Por fim, coube à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) encontrar uma solução para o cenário de queimadas e desmatamentos na Amazônia Legal, contando com debates entre Marina Silva e Flávio Bolsonaro, interpretados pelos alunos.
O estudante Fernando Yokomizo representou a delegação do Vietnã no CDHNU, atuando diversas vezes como mediador durante as discussões. “Acredito que se tenha a ideia que o Vietnã é um país conservador e muito punitivista na atualidade devido o que se ouve da mídia ocidental sobre o país”, explica Yokomizo. “Entretanto, no que concerne ao Conselho que fiz parte como delegado, pude assumir uma posição bem diplomática e imparcial pois esta é a posição atual de um Vietnã que se abre a mudanças no que concerne a temática LGBT.”
Em um evento tão relevante quando a reunião das Nações Unidas não poderia faltar a presença da Imprensa Internacional. Alunos da área da comunicação se dividiram entre os jornais The Guardian, BBC, CNN, O Globo e The New York Times para cobrir as notícias dos comitês.
A estudante Andréia Bedin participou como jornalista da BBC, levando o prêmio de Melhor PRESS no final do evento. “Eu e minha dupla assumimos uma responsabilidade e tanto! Durante as sessões, por várias vezes foram trazidos dados reais noticiados pela própria BBC, a qual estávamos representando, para contribuir ao debate que acontecia entre os delegados do nosso comitê”, conta Bedin.
Mesmo após dois dias de muitas sessões, demanda e argumentação, os participantes levam experiências positivas da quinta edição da SUN. Yokomizo relata: “Minha experiência na SUN foi extremamente positiva, porém bem cansativa, tendo em vista os dois dias de evento. Foi, na minha visão, algo engrandecedor por me proporcionar conhecer pessoas novas e debater assuntos tão polêmicos.”
*Estagiária de Jornalismo na COM/UEL.