Professores da Espanha ministram palestras e atividades do PPG em Ciência Animal (CCA)
Professores da Espanha ministram palestras e atividades do PPG em Ciência Animal (CCA)
Docentes da Universidade de Granada, na Espanha, estão na UEL para participar de atividades acadêmicas em duas frentes do conhecimento: Zootecnia e Computação.Dois professores da Universidade de Granada, na Espanha, estão na UEL para participar de atividades acadêmicas em duas frentes do conhecimento: Zootecnia (CCA) e Computação (CCE). Este intercâmbio é intermediado pelo Programa de Pós-Graduação (PPG) em Ciência Animal da UEL, coordenado pelo professor guianês Selwyn Arlington Headley.
Estão na Universidade a professora Amalia Pérez Jiménez, do Departamento de Zoologia da Universidade de Granada, e o seu marido, o professor Daniel Molina Cabrera, do Departamento de Ciências da Computação e Inteligência Artificial da mesma universidade espanhola.
Uma ponte decisiva para esta mobilidade entre os pesquisadores é o professor do Departamento de Zootecnia da UEL (CCA), Nelson Maurício Lopera Barrero. Ele esteve na Espanha em duas oportunidades, em 2020 e 2022, participando de programas de internacionalização do PPG de Ciência Animal da UEL, na área da Aquicultura.
Ele conta que, com estas experiências de intercâmbio, o programa se fortaleceu. E foi assim que surgiu a ideia de trazer professores espanhóis para participarem de aulas e eventos, em uma troca de experiências acadêmicas que une representantes das duas instituições.
Amalia e Daniel estão em Londrina desde a última terça (21) e ficam até o dia 8 de dezembro. Amalia contribui com os estudantes da UEL nas áreas de aquicultura, nutrição e bem-estar animal. Ela explica que, diferentemente dos estudos sobre bem-estar em animais terrestres, o bem-estar de animais aquáticos é uma área que “ainda falta muito conhecer”. E é sobre este tema que ela está ministrando uma disciplina especial até o próximo dia 27, no Anfiteatro do Departamento de Medicina Veterinária, voltada para os estudantes da pós-graduação.
Já Daniel Molina Cabrera veio para Londrina para acompanhar sua esposa e ministrar uma palestra aberta para toda a comunidade universitária, de todos os centros e cursos, sobre a “Inteligência Artificial no Século 21: O que ela pode nos oferecer e quais cuidados devemos ter”. A palestra está marcada para a próxima terça-feira (28), no Anfiteatro do Laboratório de Inspeção de Produtos de Origem Animal (LIPOA), no Departamento de Medicina Veterinária.
Sobre a relação entre as áreas dos professores, Zootecnia e Computação, Nelson Barrero explica. “São complementares. Estamos tentando ver a aplicabilidade da inteligência artificial na ciência animal e na produção animal e vamos buscar uma linha de pesquisa nesse sentido”.
O coordenador Selwyn Headley conta que, no momento, o Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal na UEL conta com aproximadamente 200 estudantes e 28 docentes, entre colaboradores e permanentes. Ele explica que receber pesquisadores estrangeiros já é uma tradição no Programa, que atualmente é avaliado com o conceito 7 na Avaliação Quadrienal ( da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a nota máxima. No Brasil, o Programa em Ciência Animal da UEL é um dos dois únicos com excelência conceito 7, e o único do Paraná. “Estes intercâmbios entre docentes fazem parte dos critérios para reconhecer a excelência”, explica.
A contribuição dos visitantes não se restringe ao período em que ficam aqui, é uma troca de conhecimentos que deixa resultados permanentes e que acompanham as atividades do PPG “daqui para frente”, segundo Headley.
Para além das atividades acadêmicas, as relações pessoais e com um idioma diferente também fazem parte da experiência com visitantes estrangeiros. Amalia Jímenez conta que encontrou nos estudantes brasileiros “maior receptividade” durante as aulas, e que eles buscam interagir com os professores em uma relação mais próxima do que com os alunos europeus, compara.
Ela e Daniel contam que ficaram encantados com o campus da UEL. “É muito verde, não estamos acostumados com isso”, diz Daniel. Já Amalia avalia que a atmosfera arborizada do campus cria um ambiente de tranquilidade. “Não são simplesmente edifícios”.
*Estagiário de Jornalismo na COM/UEL