Projeto de Extensão da Farmácia utiliza o Instagram para informar estudantes e comunidade

Projeto de Extensão da Farmácia utiliza o Instagram para informar estudantes e comunidade

Perfil na rede divulga conhecimento científico da área a usuários e a estudantes, ajudando a suprir a necessidade extensionista do curso.

As redes sociais têm crescido significativamente nos últimos anos e vêm ganhando destaque como um importante meio de comunicação, abrindo espaço para que setores de diversos segmentos interajam com seu público-alvo de forma moderna e eficaz. Para acompanhar esses avanços tecnológicos, o Colegiado do Curso de Farmácia criou um Instagram (@colfarmauel) para atender às necessidades dos graduandos e da comunidade.

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Edição número 1417 de
3 de março de 2023
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Fruto do projeto de extensão “Instagram: utilização desta ferramenta para divulgação de informações relevantes à área farmacêutica”, a rede social é utilizada para repassar informações sobre o curso e a área de Farmácia, além de transmitir conhecimento científico para a comunidade interna e externa da UEL. Coordenado pela professora Danielle Venturini, do Departamento de Patologia, Análises Clínicas e Toxicológicas (PAC), o projeto tem como objetivo levar os aprendizados do curso para além da sala de aula, num retorno para a sociedade.

O Instagram do Colegiado de Farmácia já existia há alguns anos, mas a ideia de utilizar a plataforma para montar um projeto de extensão ocorreu em 2020, em meio à fase mais intensa da pandemia da Covid-19 daquele ano. “Esse projeto veio de encontro com a pandemia, porque naquela época houve a interrupção das atividades presenciais e nós não gostaríamos que nossos alunos ficassem parados, então nós buscamos uma forma de continuar movimentando esses estudantes”, explica Danielle. Por não demandar contato físico entre os participantes, o projeto ajudou a amenizar prejuízos pedagógicos decorrentes do período sem aula.

Por se configurar como extensão, a coordenadora destaca que o projeto também ajuda a suprir a necessidade de atividades extensionistas, que se tornaram parte da matriz curricular do curso. Atualmente, seis graduandos do curso de Farmácia fazem parte do projeto, no desenvolvimento de ideias e na execução das postagens. Há, ainda, um grupo de professores colaboradores que auxiliam na revisão do material e checagem de informações.

Projeto conta com grupo de professores colaboradores que cuida da checagem de informações (Foto: Divulgação)

Postagens

Utilizando variados recursos disponíveis na rede social, o Instagram do projeto reúne mais de 100 publicações com conteúdos diversos, buscando atingir todos os públicos, principalmente estudantes e pessoas interessadas pelo curso. Além da divulgação de eventos da área farmacêutica e vagas de emprego e estágio, existem dois quadros fixos de entrevistas, que compõem a maior parte das postagens: “Campanha dos Pesquisadores” e “Fala Egresso”.

Proposto pelos próprios estudantes, o “Campanha dos Pesquisadores” é voltado para conhecer professores do curso de Farmácia que desenvolvem projetos de pesquisa e/ou ensino ativos. O quadro traz informações a partir de entrevistas conduzidas pelos graduandos, como as linhas de pesquisa de cada pesquisador, a abordagem do projeto, quais estudantes já estão inseridos no grupo de pesquisa, qual o artigo mais relevante da área já publicado, entre outras curiosidades.

Paralelamente, há a produção do “Fala Egresso”, no qual são trazidos farmacêuticos graduados pela UEL para contar suas vivências pessoas e profissionais, como compartilhar experiências da época de estudante e sobre a área em que estão trabalhando atualmente, além de deixar dicas e conselhos para os futuros profissionais. “A partir da produção do material dessas duas frentes de divulgação, nós fazemos publicações intercaladas desses pesquisadores e desses egressos”, relata Danielle.

O grupo também produz conteúdos voltados para o público externo da Universidade. Frequentemente, são realizadas lives para esclarecer dúvidas com profissionais sobre o uso de medicamentos, saúde e outros temas. Há, ainda, postagens que buscam explicar e a orientar as pessoas em relação às diversas campanhas da área da Saúde que ocorrem no decorrer do ano, como Outubro Rosa e Novembro Azul. “Hoje, a gente enxerga o Instagram como uma ferramenta que alcança um número grande de pessoas. Nós trabalhamos com um público extremamente jovem e que adora esse tipo de mídia, então utilizar para divulgação fica até mais efetivo do que se fôssemos produzir folders e outros materiais físicos”, esclarece a professora.

Visando aumentar a interação com as pessoas que não pertencem à área farmacêutica, o projeto pretende iniciar, este ano, uma série de postagens sobre o uso racional de medicamentos e os riscos da automedicação. Segundo Danielle, hoje, há diversos pacientes que chegam ao hospital com complicações de saúde e/ou doenças sérias causadas pelo mau uso de antibióticos e antimicrobianos, por isso a proposta é levar mais informação ao público em geral, da comunidade interna e externa, abordando de maneira correta e em uma linguagem acessível os riscos dessa prática.

Resultados

Entrando em seu terceiro ano, o projeto já trouxe bons resultados, principalmente em relação aos estudantes de Farmácia. A partir da apresentação das pesquisas em andamento, por meio da “Campanha dos Pesquisadores”, houve um aumento na procura por Iniciações Científicas. Em muitos casos, o contato do aluno com as pesquisas da Universidade é muito tardio, ocorrendo nos anos finais da graduação. Então, a apresentação delas por meio da rede social ajudou a despertar o interesse desses graduandos por Iniciações Científicas em áreas com as quais já tinham alguma afinidade.

De acordo com Danielle, outro resultado notado o aumento do conhecimento dos estudantes no que se refere ao campo de atuação dos profissionais de Farmácia. Por ser uma profissão muito ampla, com aproximadamente 120 áreas distintas de trabalho, o estudante pode não ter dimensão de todas as áreas possíveis para trabalhar. Parte disso pode ser apresentado aos discentes por meio das conversas com os egressos do curso, já que estão inseridos em diferentes áreas do mercado e puderam trazer suas vivências e instigar o interesse dos futuros profissionais.

“Eu percebo que a maior contribuição do projeto foi mostrar o que nosso curso é capaz de proporcionar e oferecer para os estudantes. Agora, em um momento posterior, nós faremos com que eles utilizem esse conhecimento adquirido para orientar a comunidade em geral, que não faz parte desse mundo, mas que precisa da orientação de um farmacêutico”, finaliza Danielle.

*Estudante de Jornalismo na COM/UEL.

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