Junte-se ao clube!

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Professores criam Clube de Leitura para discutir ciência com comunidade interna e externa e construir uma cultura de estudo e debate.

A professora Christiane Frigerio Martins (Departamento de Física) fazia Doutorado na SISSA (Scuola Internazionale Superiore di Studi Avanzati), em Trieste (Itália), quando entrou em contato com duas novas: o também doutorando Pietro Chimenti e um Clube de Leitura. Muito comum por lá, eles ingressaram na UEL em 2015 com esta ideia. Ela coordena o projeto “Clube de Leitura da Física”, com participação de Pietro. Graduada e Mestre pela UEL, a professora conta que foi bolsista da Capes por nove anos.

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Edição número 1424
de outubro de 2023
Confira a edição completa

Apesar do nome, não se trata de um clube que só faz leituras de Física, aberto exclusivamente a estudantes e profissionais do curso ou da área. Como projeto de extensão, ele é aberto a toda a comunidade, atua diretamente em escolas, não se restringe a temas da Física, e está em dia com o processo de curricularização da extensão. De acordo com o professor Pietro, a ideia é ampliar o público e o diálogo sobre Ciência através de uma comunicação de qualidade.

As leituras do Clube vêm de duas revistas semanais de linguagem abrangente e impacto científico: a Nature e a Science. São cinco temas: Ciência e Sociedade (o que inclui experiências pessoais de cientistas e pesquisadores), Meio Ambiente, Saúde (com acento no Coronavírus durante o período pandêmico), Inteligência Artificial e Descobertas Interessantes.

Professora Christiane: “as discussões são muito relevantes para o enriquecimento da formação e a ampliação do horizonte profissional”.

As revistas saem na sexta, os artigos são selecionados no final de semana, e na segunda-feira os textos são enviados por e-mail aos participantes para serem lidos até quarta, dia da reunião para discussão, que ocorre das 13h15 às 14h. O professor Pietro explica que, por ter iniciado durante a pandemia, os encontros eram virtuais (via Zoom), mas agora são híbridos. Ele observa ainda que nem todo material é acessível publicamente, mas o projeto consegue disponibilizá-los, inclusive traduzindo textos em inglês. Todos os interessados podem participar dos encontros virtuais.

Na avaliação da professora Christiane, o Clube constrói uma cultura de leitura e debate. É um canal informal de atualização do conhecimento e acaba montando uma referência de leituras para os estudantes e pesquisadores. Como há participação de alunos do curso e de outras instituições, os diálogos se ampliam e se enriquecem.

Divulgação

Bárbara Nicole Rosa acabou de se formar em Física – Licenciatura, mas continua ativa no Clube. Ela participa desde o início e é uma das responsáveis pelo Instagram do projeto (@clubefisicauel). Ela explica que os estudantes colaboradores seguem uma escala para cuidar da rede social e atuam na seleção de leitura, destacam algumas e sugerem outras, complementares. Também lá são postadas as traduções, feitas no final de semana, e com temas acessíveis. Bárbara já garantiu uma Bolsa Senai para Mestrado.

“A ideia é ampliar o público e o diálogo sobre Ciência através de uma comunicação de qualidade”, defende o professor Pietro.

Gabriel Capelini Magalhães também é recém-formado na Licenciatura em Física, é concluinte no Bacharelado e é o ingressante mais recente no projeto. Foi bolsista PIBID da Capes (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência) e é atual bolsista da FAEP/UEL (Fundo de Apoio ao Ensino, à Pesquisa e à Extensão). Para ele, é muito interessante entrar em contato com outros saberes, numa perspectiva interdisciplinar. É algo que ele levará para a atuação profissional.

Na avaliação de Maria Vitória Lazarin, que está no último ano da Física – Licenciatura, a importância dessa interdisciplinaridade está além da ampliação dos conhecimentos: o Clube conecta a Física com outras áreas.

Todos são bolsistas de extensão e concordam, ainda, que as redes sociais são uma ferramenta com grande alcance, com a vantagem de deixar o material disponível por muito tempo, para quem não conseguiu participar dos encontros ou ler os textos logo que postados. O interesse da comunidade é grande e o meio é efetivo, segundo Bárbara.

A divulgação também acontece via cartazes pelo Campus, e está sendo ampliada pela visita dos estudantes da equipe em escolas. Além de levar a Ciência até lá, o objetivo é despertar o interesse dos alunos pelo curso de Física que, segundo a coordenadora do projeto, tem inúmeras possibilidades interessantes de atuação profissional, além da área acadêmica. Os encontros nas escolas também falam sobre os artigos científicos, como se caracterizam, e o processo de produção.

A professora Christiane acrescenta que as discussões são muito relevantes para o enriquecimento da formação e a ampliação do horizonte profissional. Ela constata uma boa interação entre os participantes do Clube e enfatiza: os professores também aprendem, e muito, com os alunos. “Eles são parte fundamental da equipe e agradecemos muito a sua atuação”, diz.

Gabriel (acima), bacharel e concluinte da Licenciatura, Maria Vitória (de azul, 5º ano) e Bárbara, já formada.

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