Dos laboratórios ao balcão
Dos laboratórios ao balcão
UEL derruba muros e dá os braços à sociedade: nos últimos anos, figurou na lista de universidades brasileiras com mais patentes tecnológicas.O conhecimento produzido pelas pesquisas na UEL não fica entre paredes ou em arquivos digitais. Ele se transforma em produtos médicos, bioquímicos, veterinários, terapias, softwares, livros didáticos, modelos de gestão e organização, inovações arquitetônicas, jurídicas, linguísticas, e um sem-número de outras contribuições técnicas e éticas diretamente para uso da sociedade, em geral ou setores específicos. Da literatura barroca aos foguetes suborbitais, de Platão aos crimes cibernéticos, na UEL podem ser encontrados pesquisadores debruçados sobre relevantes e profícuos objetos de estudo.
E vai além: a pesquisa e a inovação produzidas pelos quase 50 programas de pós-graduação da UEL contam com uma estrutura profissional para transferência de tecnologia, capacitação científica e tecnológica e para a prospecção de parceiros junto à iniciativa privada. O que pode ser definido em poucas palavras encontra solidez no longo caminho percorrido por diversos atores, desde a década de 90, quando começaram as primeiras experiências de empreendedorismo e de inovação na Universidade.
A Agência de Inovação Tecnológica (Aintec) da UEL ficou entre as 10 instituições com maior número de depósitos de patentes realizados no ano de 2021, segundo ranking divulgado recentemente pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), e que traz informações dos depositantes brasileiros (universidades, institutos de pesquisa e pessoas físicas). A UEL foi a universidade paranaense mais bem classificada, com 29 patentes depositadas. É a única do Sul do país entre as 12 primeiras colocadas e a única paranaense entre as 25 mais bem pontuadas.
Nos últimos anos, a Universidade tem figurado entre as 50 instituições brasileiras que mais registraram patentes, de acordo com INPI. A UEL apareceu sete vezes no ranking, nos últimos anos, somando 118 depósitos, entre as modalidades Programas de Computador e Patentes de Invenção (PI), relativas a novas tecnologias.
A Aintec foi certificada (em agosto) com o selo Cerne 1, atestado pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) e que avalia e qualifica a gestão dos processos de incubação. Foi uma certificação Cerne 1 com prazo de validade por dois anos, inclusive com um grau de maturidade que contempla todos os indicadores para o Cerne 2.
A graduação também acaba recebendo impactos positivos. No final de setembro, foi assinado o decreto nº 3530, que autoriza a criação da 53ª graduação da UEL, o curso de Ciência de Dados e Inteligência Artificial.
Só para dar um exemplo recente, vale citar um trabalho orientado pela professora Neyva Romeiro (Departamento de Matemática). Dois estudantes de pós-graduação desenvolveram um software capaz de auxiliar equipes médicas na análise da progressão das células cancerígenas na região das mamas, bem como os efeitos dos medicamentos usados no tratamento do câncer. Resultado de um trabalho científico proposto pela docente em 2019, o software já está registrado, porém continua ganhando novas funcionalidades e chamou a atenção durante o Outubro Rosa.
A Universidade conta com incentivos do governo estadual, como o iAraucária (ecossistema de NAPIs – Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação), que apoia o engajamento dos atores de ciência, tecnologia e inovação, ofertando serviços de inteligência territorial, com uso de Big Data e Inteligência Artificial, bem como oferta fomento para todos os parceiros. São 3.500 grupos de pesquisa, mais de 452 milhões de reais aplicados, 27 mil bolsas concedidas e 5.400 projetos aprovados.