No Youtube, projeto da UEL traz estudo da Topografia de maneira acessível e inclusiva

No Youtube, projeto da UEL traz estudo da Topografia de maneira acessível e inclusiva

O canal do Youtube é uma iniciativa para uma comunicação plural e inclusiva no campo da topografia

O projeto Topografia Acessível e Inclusiva, do Departamento de Geologia e Geomática da UEL (CCE-DGG) , surgiu como uma ferramenta para incluir e auxiliar estudantes da graduação na absorção de conteúdo teórico e prático sobre Topografia

O projeto é coordenado pelo professor doutor Paulo Adeildo Lopes e conta com a consultoria dos docentes Fernanda Leite Ribeiro, Luciano Nardini Gomes e Rafael Calore Nardini. Os professores são auxiliados por cerca de 10 estudantes, que colaboram com a edição, organização e postagem do material. 

Segundo o coordenador do projeto, a ideia de disponibilizar material didático na plataforma do Youtube surgiu após a pandemia, quando seus alunos passaram a pedir que o professor gravasse suas aulas e as disponibilizasse online (inicialmente pelo Google Classroom). A partir disso, alguns estudantes sugeriram que o conteúdo fosse disponibilizado também para pessoas que não faziam parte da Universidade. Foi assim que o professor decidiu criar um projeto para que suas aulas fossem gravadas, editadas e postadas no Youtube. 

“Após a pandemia, quando voltamos para a sala de aula, os alunos começaram a pedir para disponibilizar as aulas gravadas. E eu pensei, nossa, por que não? Então, eu comecei a disponibilizar, do jeito que estava, via Classroom. Foi aí que alguns alunos falaram que eu poderia pensar em fazer um canal, um negócio assim, pra fora da Universidade e eu achei uma grande sacada e fui conversar com alguns alunos. Eles apoiaram e nós montamos um grupo”, relembra Paulo. 

O professor também conta que parte do material  pôde ser reaproveitado do período de pandemia, quando as aulas eram disponibilizadas pelo programa Virtuel. O programa era promovido pelo Núcleo de Educação à Distância (NEAD). 

“Parte do material vem da época da pandemia. Uma parte, porque nós aproveitamos algumas gravações, mas também tivemos aulas que deram perda total. Porque tinha muita interrupção, muita pergunta, etc. Então, foram regravadas”, explica.

Inclusão

Além de auxiliar estudantes de dentro e fora da universidade na revisão do conteúdo, podendo assistir às aulas quantas vezes forem necessárias, o projeto também tem como objetivo a inclusão de estudantes com dificuldades de mobilidade. Paulo explica que o estudo da topografia é dividido em teoria e prática e que, para esses alunos, a parte prática é difícil de ser aplicada. Desta forma, o projeto vem como uma maneira de passar este conhecimento sem que sejam prejudicados. 

“A topografia é uma disciplina prática e teórica, só que a parte prática dela é grande. O aluno, por exemplo, que tem dificuldade de locomoção, nesse caso específico, não teria condições de fazer uma disciplina como esta, porque é praticamente impossível andar de cadeira de rodas num local em que o terreno é acidentado, que é mato, enfim, estado natural. Então, a ideia de fazer esse projeto e de ter aulas teóricas e práticas gravadas vem a um encontro justamente de atender também esse público. Assim, se ele assistir às aulas em ordem ele poderia sim atingir próximo de 100% do conteúdo”, esclarece o professor.

As aulas de 1 a 40 estão disponíveis no Youtube, bem como duas aulas de revisão e uma aula base intitulada “como utilizar uma trena”. Segundo Paulo, apesar de parecer algo básico, muitos alunos chegam à Universidade sem nenhuma experiência prévia com o manejo de ferramentas como essa e este tipo de aula também se faz necessário.

*Estagiária de Jornalismo na Coordenadoria de Comunicação Social.

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