Projeto que estuda toxoplasmose humana e animal recebe quase R$ 5 milhões do INCT

Projeto que estuda toxoplasmose humana e animal recebe quase R$ 5 milhões do INCT

Estudo é desenvolvido no CCA e visa compreender virulência da cepa e pensar em medidas preventivas precoces no combate à doença.

A UEL teve uma proposta aprovada na Chamada n° 58/2022 do Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT), do CNPq, que fomenta pesquisas de alto impacto científico e tecnológico, no valor de mais de R$ 4.900.000,00. Intitulado “Instituto Nacional de Pesquisa em Toxoplasmose Humana e Animal: Uma visão de Saúde Única”, o projeto contemplado é desenvolvido pelo Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, do Centro de Ciências Agrárias (CCA), em parceria com outras instituições nacionais e internacionais.

Coordenado pelo professor João Luís Garcia, o projeto tem como objetivo desenvolver pesquisas em torno da toxoplasmose em vários aspectos: criar métodos de diagnóstico rápido, visando à tomada de medidas preventivas precoces no combate à doença; estudar a virulência da cepa; desenvolver vacinas de última geração para serem aplicadas em gatos, suínos e ovinos para diminuir a contaminação ambiental e a infecção humana; além de capacitar profissionais de saúde e áreas correlatas para que eles aprendam mais sobre a doença e atendam melhor os pacientes.

Para seu desenvolvimento, o projeto conta com mais de 40 profissionais de diversas instituições brasileiras e internacionais atuando nas pesquisas. “O projeto envolve as cinco regiões do Brasil, sendo que cada uma delas tem seus próprios estudos desse parasita. Nós vamos apoiar esses estudos, também esperando o apoio de todos eles nos projetos que temos no nosso laboratório. Também temos parceria internacional, como de centros de pesquisa da Suíça, Escócia, Reino Unido, Espanha, Canadá e Estados Unidos”, explica o professor.

Avanço dos estudos

Há mais de 30 anos desenvolvendo pesquisas sobre a toxoplasmose, Garcia considera a aprovação do projeto uma grande oportunidade para o avanço dos estudos na área, além do reconhecimento pelo que já foi produzido. “Para nós, é uma coroação de um trabalho árduo que temos feito ao longo dos anos. Nós temos uma equipe muito grande que, há muito tempo, tem desenvolvido com afinco os trabalhos com a toxoplasmose em todos os aspectos e vem lutando para aprimorar os laboratórios de pesquisa e aumentar o conhecimento sobre a doença. Então, a aprovação é um reconhecimento de todo esse trabalho. Um INCT também é uma proposta de apoio muito importante em termos financeiros para alavancar mais estudos dentro da toxoplasmose”, finaliza.

*Estagiária de Jornalismo na COM/UEL.

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