Professor da Unicamp lança na UEL o livro “O segredo das senhoras americanas”

Professor da Unicamp lança na UEL o livro “O segredo das senhoras americanas”

Marcelo Ridenti leciona na Unicamp e foi docente da UEL entre 1983 e 1990. Evento será às 20h, na Sala de Eventos do CLCH.

Professor titular de Sociologia na Unicamp, Marcelo Ridenti lança hoje, na UEL,
seu novo livro, “O segredo das senhoras americanas – intelectuais, internacionalização e financiamento na Guerra Fria cultural”. A sessão de autógrafos será depois de uma palestra que começa às 20 horas, na Sala de Eventos do Centro de Letras e Ciências Humanas (CLCH). A entrada é franca e a obra saiu pela Editora Unesp. Ridenti foi docente da UEL entre 1983 e 1990. Em seguida, lecionou na Unesp, campus de Araraquara, de 1990 e 1998.

Na introdução, ele explica que o livro trata de intelectuais que atuaram nas
circunstâncias da Guerra Fria, buscando o desenvolvimento pessoal e coletivo em sua atividade, com destaque no espaço público. Ridenti esclarece que Guerra Fria, a
polarização política entre soviéticos e norte-americanos a partir do fim da Segunda
Guerra Mundial, teve influência em todos os campos da vida social. Segundo ele,
as implicações dessa polarização ganharam relevância no domínio da cultura para
conquistar adeptos, o que se convencionou chamar de “Guerra Fria cultural”.

Ele escreveu a obra em três “episódios”: o primeiro, sobre internacionalização cultural
comunista: Jorge Amado e seus camaradas da América Latina, entre eles o escritor e
ex-senador Pablo Neruda, do Chile; o segundo sobre internacionalização cultural
liberal: Cadernos Brasileiros e seus patrocinadores do Congresso pela Liberdade da
Cultura; e o terceiro, que dá título ao livro, sobre “O segredo das senhoras americanas: estudantes brasileiros na terra dos Kennedy”.

Pesquisador foi docente da UEL entre 1983 e 1990 e fez, posteriormente, carreira na Unicamp (Foto: Ricardo Lima)

O último capítulo mapeia a Associação Universitária Interamericana (AUI), que
promoveu o intercâmbio universitário de estudantes brasileiros nos Estados Unidos de 1962 a 1971. De acordo com Ridente, a entidade mandava, todos os anos, um grupo em torno de 80 alunos selecionados para conhecer as instituições daquele país, em missões de cerca de um mês. Estudantes brasileiros considerados potencialmente notáveis iam para Harvard, tida como a melhor universidade dos Estados Unidos. Por trás desse processo, subsídios insuspeitados e interesses mais amplos que o estímulo à carreira de jovens latino-americanos.

O autor analisou relatórios, documentos oficiais e cartas. Também produziu mais de 10 entrevistas com alunos que viajaram pela AUI. Segundo Ridenti, os recursos para financiar as missões vinham, aparentemente, da iniciativa privada, por meio de empresários norte-americanos que vieram trabalhar aqui. Em seguida, porém, as mulheres desses empresários conseguiram dinheiro com o governo
americano.

Obras

Ridenti já publicou, pela Editora Unesp, “Brasilidade revolucionária: um século de
cultura e política” (2010); “O fantasma da revolução brasileira” (2.ed., 2010) e “Em
busca do povo brasileiro” (2.ed.,2014). Ele concedeu entrevista ao vivo nesta terça, na Revista do Meio-Dia, da Rádio UEL FM, sobre “O segredo das senhoras americanas”. O pesquisador esteve acompanhado do professor aposentado Pedro Roberto Ferreira e do vice-chefe do Departamento de Ciências Sociais da UEL, Rosivaldo Pellegrini. No lançamento, na UEL, o livro será vendido a R$ 60,00.

Confira a edição do Revista do Meio-Dia abaixo:

Serviço

Palestra e lançamento do livro “O segredo das senhoras americanas”;

Com o professor de Sociologia da Unicamp Marcelo Ridenti;

Nesta terça, 4 de outubro;

20h, na Sala de Eventos do CLCH.

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