O dia 25 de maio de 2023 vai ficar marcado para sempre nas memórias da ex-aluna do mestrado profissional em Letras Estrangeiras Modernas (Meplem) da UEL Thais Rossafa Tavares Balbino e da sua orientadora, a professora Juliana Reichert Assunção Tonelli. Ao abrir a sua caixa de e-mails, Thaís Balbino descobriu que havia sido a ganhadora na categoria Melhor Pesquisa do e-Assesment Awards, premiação promovida pela organização sem fins lucrativos The e-Assessment Association, sediada em Manchester, na Inglaterra. Em sua pesquisa, ela criou um guia interativo para professores de inglês em que busca colaborar com o letramento em avaliação da aprendizagem, tendo como foco o uso da autoavaliação com crianças.

“A professora Juliana sempre compartilha materiais sobre avaliação comigo, pois sabe do meu interesse. No dia 13 de fevereiro, ela compartilhou a premiação e, para ser sincera, não achei que ia dar em alguma coisa. Li com cuidado todas as categorias para ver em qual melhor se encaixava meu trabalho, fiz a inscrição, enviei um resumo sobre o trabalho. Foi basicamente isso”, conta a egressa.

A sua pesquisa foi uma entre as 62 duas que concorreram em categorias como melhor local de trabalho ou projeto de avaliação de talentos; melhor projeto transformacional; o uso mais inovador de tecnologia em avaliação; melhor implementação internacional; melhor projeto em avaliação formativa e melhor projeto em avaliação somativa, explica a docente Juliana Tonelli.

Concorreram aos prêmio pesquisadores de 12 países, sendo 21 dos 62 projetos foram finalistas.

Avaliação

Sob o título “Autoavaliação para a aprendizagem de língua inglesa com crianças: um guia teórico-prático para professores” (Self-assessment guide for English Teachers in Brazil, em inglês), a pesquisa foi anunciada publicamente como a vencedora em um jantar de gala, promovido pela entidade no início deste mês, em Londres, na Inglaterra.

De acordo com ela, a escolha do tema surgiu a partir da sua percepção sobre a ausência de disciplinas obrigatórias que focam nas temáticas de ensino de crianças e de avaliação na ampla maioria dos cursos de graduação em Letras. “A autoavaliação e a autorregulação da aprendizagem se mostraram mais que necessárias nos últimos anos por conta da pandemia, em que os alunos tinham que estudar em suas casas e aprender a estipular horários para tal, organizar um ambiente e ter consciência dos critérios de avaliação”, lembra.

Neste sentido, a sua pesquisa teve como objetivos discorrer sobre como os professores podem utilizar a autoavaliação a favor do desenvolvimento da aprendizagem das crianças, abrindo caminhos para a elaboração de um retorno formativo a partir dessa autoavaliação. Além disso, apontar quais instrumentos de autoavaliação podem ser usados nas aulas, além das famosas checklists, explica Balbino.

Quando perguntada sobre as próximas etapas deste trabalho, Thais Balbino diz que o seu objetivo é utilizar o guia em um curso de formação continuada para professores. Ela também deseja coletar dados para identificar sua eficácia e fragilidades, o que deverá ocorrer em breve, por meio de um formulário online. 

O Self-assessment guide for English Teachers in Brazil foi lançado pela Editora Pedro & João e está disponível para ser baixado, em formato e-book, neste endereço.