Operação Rondon: Estudantes impulsionam mudanças em cidades do Estado

Operação Rondon: Estudantes impulsionam mudanças em cidades do Estado

UEL atuou nas cidades de Turvo e Santa Maria do Oeste. Programa do Estado beneficiou mais de 40 mil pessoas, com 222 estudantes e 50 professores envolvidos, em 11 municípios.

Um grupo de 19 estudantes da Universidade Estadual de Londrina participou, na tarde desta terça- feira (23), da entrega de certificados de participação na Operação Rondon Paraná 2024. A UEL integrou a atividade junto das outras seis Instituições Estaduais de Ensino Superior (IEES) do Paraná, que dedicaram-se a atuar, em projetos de Extensão, em cidades com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Os estudantes da UEL, no caso, atuaram nos municípios de Turvo e Santa Maria do Oeste. A coordenação-geral das instituições neste ano ficou por conta da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro).

O professor Paulo Liboni, coordenador institucional da Operação Rondon na UEL e diretor de Programas, Projetos e Iniciação Extensionista da Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Sociedadee (Proex) da UEL, explica o propósito da Operação Rondon. “Nos municípios onde a UEL esteve presente, nossos professores, estudantes e pós-graduandos conduziram oficinas com o objetivo de transformar vidas. É um exercício de cidadania e escuta ativa, fundamental para os rondonistas entenderem as demandas e necessidades locais. A Operação Rondon não consiste em impor soluções preestabelecidas, mas, sim, em ouvir ativamente as comunidades, líderes locais, prefeituras e secretarias. A partir disso, então, elaborar um cronograma de ações que de fato modifique a vida dessas pessoas.”

Durante duas semanas, os participantes realizaram um total de 878 ações abrangendo cultura, direitos humanos, educação, inclusão social, meio ambiente, saúde e tecnologia. A edição deste ano foi concluída no Campus Santa Cruz da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), em Guarapuava, beneficiando mais de 40 mil pessoas em 11 municípios.

Estudante Marcos Akira recebe certificado das mãos da reitora da UEL, Marta Favaro (Fotos: Agência UEL).

Os rondonistas atuaram de maneira voluntária e sem remuneração, destacando-se pelo compromisso cívico e responsabilidade social. Marcos Akira, doutorando de Ciências Biológicas pela UEL, compartilhou sua experiência. “Participar do Rondon foi muito bom. A gente vai numa ideia de ensinar, partilhar, mas é mais transformado, que acaba doando também. Então, a experiência de transformação é experimentada de forma pessoal e profissional. Você vê as realidades de perto da comunidade, as realidades do seu estado, do seu país, e também te desperta para olhar para a própria cidade que você mora e tentar ajudar de alguma forma, atuando nas comunidades, de forma a considerar o saber do outro”, completou o estudante.

Ele continua refletindo sobre como essa experiência contribui para sua formação. “Às vezes a gente pensa que tem a resposta pronta porque estuda bastante, pesquisa um tema muito específico e vai levar isso de forma que vai ser a verdade, mas não. Eu acho que essa resposta é construída junto da comunidade e isso transforma também o jeito que vamos encarar nossa vida em cada processo que a gente vai realizar, seja ele dentro da universidade ou fora”, complementou.

Estudantes foram recebidos com certificados pela reitora da UEL, Marta Favaro, e pela pró-reitora de Extensão, Zilda Andrade (Fotos: Agência UEL).

A Operação

Coordenada pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), a Operação Rondon Paraná é realizada anualmente em diferentes regiões do estado. Neste ano, as atividades focaram no Centro-Sul paranaense, abrangendo municípios como Boa Ventura de São Roque, Cantagalo e Pitanga.

Com um total de 222 alunos de graduação, 50 professores e uma logística complexa de apoio, a operação não apenas beneficiou as comunidades locais, mas também enriqueceu a formação acadêmica dos participantes. “É uma operação que demanda uma carga horária muito grande, que tem um trabalho logístico muito grande, mas que de fato transforma a realidade das pessoas e principalmente torna os nossos acadêmicos, os nossos professores e a nossa equipe em seres humanos melhores, porque a gente tem a oportunidade de ir a campo e de fato vivenciar tudo aquilo que a gente teoriza em sala de aula na prática, nos transformando”, complementou o coordenador da Operação Rondon na UEL, Paulo Liboni.

Paulo Liboni, coordenador da UEL na Operação Rondon PR. Ação dos estudantes modificou vidas em comunidades com baixo IDH no Estado.

*Estagiária de Jornalismo na COM/UEL.

Com informações da Seti.

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