Com ações da UEL em Barra do Jacaré e Quatiguá, Operação Rondon Paraná impacta 38 mil pessoas

Com ações da UEL em Barra do Jacaré e Quatiguá, Operação Rondon Paraná impacta 38 mil pessoas

Ao todo, estiveram na linha de frente 42 professores, 11 técnicos e 276 estudantes voluntários, resultando em 1.288 atendimentos.

As equipes da Universidade Estadual de Londrina (UEL) realizaram mais de 80 oficinas na Operação Rondon Paraná 2025, uma ação multidisciplinar coordenada pelo governo estadual e que mobilizou professores, estudantes e servidores de 15 instituições de ensino superior em cidades do Norte Pioneiro.

A Operação Rondon terminou nesta segunda-feira (21), com o saldo de mais de 38 mil pessoas impactadas na região do Norte Pioneiro, em cerca de 1.200 atividades de extensão, pesquisa e ensino desenvolvidas em 14 municípios: Barra do Jacaré, Quatiguá, Cornélio Procópio, Leópolis, Nova Fátima, Nova América da Colina, Nova Santa Bárbara, Congonhinhas, Santa Amélia, São Sebastião da Amoreira, Rancho Alegre, Joaquim Távora, Guapirama e Itambaracá.

A UEL ficou responsável pelo trabalho nas cidades de Barra do Jacaré e Quatiguá e teve como parceira a Universidade Paranaense (Unipar).

Paulo Liboni, diretor de Programas, Projetos e Iniciação Extensionista na Proex, e coordenador institucional da Operação Rondon Paraná na UEL, destaca que o edital de seleção de estudantes rondonistas teve um recorde de inscrições, 100, dentre graduandos e pós-graduandos. “As vagas são limitadas, apenas 20. E tivemos inscritos dos mais diferentes campos de conhecimento interessados em participar”. 

No âmbito das oficinas levadas à Operação Rondon pela UEL Liboni destaca que todas tiveram importância singular, especialmente por conta da humanização empreendida pelos estudantes. “Um exemplo foi a oficina de esmalteria. Enquanto faziam as unhas das mulheres, nas comunidades, os estudantes propunham diálogos sobre direitos humanos, violência doméstica e questões de gênero. É um momento de intimidade onde a gente pode entrar nesse assunto, fora do radar de quem assedia essas mulheres”, comenta. 

A Reitora da UEL, Marta Regina Gimenez Fávaro, esteve presente no encerramento junto com a chefe de gabinete, Lisiane Freitas de Freitas. Ela recebeu um troféu de reconhecimento da Operação Rondon pela participação da UEL e vibrou muito com as equipes da universidade. “Só tenho a agradecer a cada um dos nossos estudantes e a cada um dos nossos professores e servidores, e também à nossa instituição parceira, a Unipar, por estarem juntos, fazendo a diferença na vida de milhares de pessoas.” 

CARINHO E ACOLHIDA – Nas cidades de Barra do Jacaré e Quatiguá, a UEL promoveu mais de 80 oficinas junto com a parceira Unipar, em diversas áreas: saúde, trabalho, economia doméstica, meio ambiente, educação, geração de renda e direitos. 

Em ambas cidades, o destaque foi o carinho e acolhida da população. Lívia Idalgo, que cursa biologia na UEL, teve uma experiência que vai levar para vida toda. Ela ganhou uma cartinha caprichada de uma das alunas da escola, que dizia assim: “Lívia, um nome que significa “clara”, “pálida” e “límpida”. Uma garota inteligente, divertida, cheia de habilidades. Se formando em biologia, que ama flores. Isso é apenas uma lembrança para marcar as incríveis memórias que a Operação Rondon deixou pela Barra do Jacaré”. Escrita à mão e enfeitada com desenhos, a carta deu o que falar entre a equipe, muita emoção. 

CONJUNTO C – A cobertura de mídia da Operação Rondon Paraná teve um diferencial neste ano de 2025. A equipe de Comunicação, denominada Conjunto C, foi formada com membros da UEL.

A Pró-Reitora de Extensão, Cultura e Sociedade, Zilda Andrade, coordenou a equipe para as produções jornalística, fotográfica e voltadas às redes sociais. O trabalho de cobertura ficou sob responsabilidade de oito voluntários: Bia Botelho (Comunicação UEL), Roberto Mancuzo (Supervisão Jornalismo), Leliane Castro (Jornalismo), Paulo Sérgio Martins Jr. (Design e Fotografia), Pricila Nascente (Relações Públicas e Fotografia), Giovanna Beneton (Jornalismo), Elissa Gebauer (Relações Públicas e Fotografia), Ana Clara Zotelli (Relações Públicas e Fotografia). Junto a eles, também esteve presente o professor Ed Klen, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que ficou responsável pelo contato junto às equipes que estavam em campo. 

O Conjunto C ficou responsável por cobrir as oficinas nas 14 cidades envolvidas na Operação Rondon e para isso contou com dois carros com motoristas e muita disposição. Os números do Conjunto C impressionam: ao todo, foram mais de mil quilômetros percorridos, mais de 5 mil fotos e vídeos, 29 posts e mais de 300 stories produzidos e repostados, além de 23 matérias escritas, editadas e enviadas à Agência de Notícias do Paraná (AEN). 

Para a pró-reitora, Zilda Andrade, a preocupação da Comunicação foi demonstrar à toda a sociedade como as ações da Rondon são relevantes a partir da troca e do compartilhamento de conhecimentos e experiências, considerando as demandas das próprias comunidades. “O principal foi perceber o quanto as pessoas acolheram, ficaram felizes e demonstraram afeto pelos nossos rondonistas e o quanto estes também criaram vínculos com as pessoas das diversas comunidades. Uma experiência do que acreditamos como extensão universitária: ações com a comunidade em uma dimensão recíproca”, diz.

Paulo Liboni, diretor de Programas, Projetos e Iniciação Extensionista na Proex; chefe de Gabinete, Lisiane Freitas; a pró-Reitora de Extensão, Cultura e Sociedade, Zilda Andrade; e a reitora, Marta Favaro, participaram da cerimônia de encerramento. (Foto: Proex).

OPERAÇÃO RONDON – A Operação Rondon Paraná começou no dia 11 de julho. Ao todo, estiveram na linha de frente de oficinas, formações técnicas e palestras 42 professores, 11 técnicos e 276 estudantes voluntários, resultando em um total de 1.288 atendimentos e um impacto direto na vida de mais de 38 mil pessoas na região Norte e no Norte Pioneiro. 

Estes dados acerca do impacto foram coletados pelo sistema WebGIS, uma interface financiada pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), com recursos do Fundo Paraná, e que foi utilizada pela primeira vez na Operação Rondon Paraná.

Segundo Elaiz Buffon, professora coordenadora da interface WebGIS, com o cruzamento de indicadores foi possível apurar informações nunca antes levantadas. “Por exemplo, conseguimos identificar que mais de 70% das ações impactaram diretamente o IDH de saúde e educação”, afirmou.

A WebGIS revelou também que 16% da população impactada não conhecia a universidade de fato; 45% nunca haviam participado de ações universitárias e 97% pediram a continuidade dos trabalhos. 

Estes números impressionaram o secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona. No encerramento, ele repercutiu justamente o impacto da Operação Rondon na região do Norte Pioneiro, que recebeu no total um investimento de R$ 2,7 milhões do Governo do Paraná.

“Os dados da operação são expressivos, puderam ser mensurados em tempo real, mas especialmente são importantes quanto à necessidade da presença cada vez maior das universidades na vida da população e a possibilidade de uma pessoa vir a estudar em uma universidade”, disse.

O pró-reitor de Extensão da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), Rui Gonçalves Marques Elias, foi o coordenador-geral da Operação na região do Norte Pioneiro e destacou a missão cumprida pelos trabalhos. “Chegamos ao final com a sensação muito boa de dever cumprido, mas especialmente satisfeito pela operação mostrar à população a importância da universidade na vida de todos. Fica aqui o meu agradecimento especial a todos os rondonistas e à comunidade em geral”, disse.

(*Bolsista na Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Sociedade, integrante da equipe de Comunicação Projeto Rondon 2025). 

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