Com ações da UEL em Barra do Jacaré e Quatiguá, Operação Rondon Paraná impacta 38 mil pessoas
Com ações da UEL em Barra do Jacaré e Quatiguá, Operação Rondon Paraná impacta 38 mil pessoas
Ao todo, estiveram na linha de frente 42 professores, 11 técnicos e 276 estudantes voluntários, resultando em 1.288 atendimentos.A Operação Rondon Paraná terminou nesta segunda-feira (21) com o saldo de mais de 38 mil pessoas impactadas na região do Norte Pioneiro. Foram realizadas cerca de 1.200 atividades de extensão, pesquisa e ensino desenvolvidas em 14 cidades, como Barra do Jacaré e Quatiguá, municípios nos quais a Universidade Estadual de Londrina (UEL) e sua instituição parceira, a Universidade Paranaense (Unipar), atuou, levando mais de 80 oficinas.
A cerimônia de encerramento dos trabalhos aconteceu na cidade de Bandeirantes, Norte do Estado, no resort Morro dos Anjos, e reuniu rondonistas, autoridades, prefeitos e representantes municipais. Houve apresentações culturais, entrega de troféus e certificados, além de uma surpresa, com a participação do ex-jogador de vôlei, Giba, em uma palestra sobre performance e legado.
A Operação Rondon Paraná começou no dia 11 de julho e levou atendimentos para as cidades de Barra do Jacaré, Quatiguá, Cornélio Procópio, Leópolis, Nova Fátima, Nova América da Colina, Nova Santa Bárbara, Congonhinhas, Santa Amélia, São Sebastião da Amoreira, Rancho Alegre, Joaquim Távora, Guapirama e Itambaracá.
Os trabalhos foram conduzidos por professores e alunos de sete universidades estaduais e mais oito instituições de ensino superior parceiras. Ao todo, estiveram na linha de frente de oficinas, formações técnicas e palestras 42 professores, 11 técnicos e 276 estudantes voluntários, resultando em um total de 1.288 atendimentos e um impacto direto na vida de mais de 38 mil pessoas na região Norte e no Norte Pioneiro. Dentre eles, 8 professores e 40 estudantes representavam a UEL e a Unipar.
Estes dados acerca do impacto foram coletados pelo sistema WebGIS, uma interface financiada pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), com recursos do Fundo Paraná, e que foi utilizada pela primeira vez na Operação Rondon Paraná.
Segundo Elaiz Buffon, professora coordenadora da interface WebGIS, com o cruzamento de indicadores foi possível apurar informações nunca antes levantadas. “Por exemplo, conseguimos identificar que mais de 70% das ações impactaram diretamente o IDH de saúde e educação”, afirmou.
A WebGIS revelou também que 16% da população impactada não conhecia a universidade de fato; 45% nunca haviam participado de ações universitárias e 97% pediram a continuidade dos trabalhos.
Estes números impressionaram o secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona. No encerramento, ele repercutiu justamente o impacto da Operação Rondon na região do Norte Pioneiro, que recebeu no total um investimento de R$ 2,7 milhões do Governo do Paraná.
“Os dados da operação são expressivos, puderam ser mensurados em tempo real, mas especialmente são importantes quanto à necessidade da presença cada vez maior das universidades na vida da população e a possibilidade de uma pessoa vir a estudar em uma universidade”, disse.
Diversidade
Sandra Ferreira, coordenadora estadual da Operação Rondon, esteve em todos os municípios atendidos e acompanhou de perto as ações universitárias. Para ela, a operação reflete uma diversidade imensa quanto ao potencial dos alunos e professores.
Segundo Sandra, as equipes que trabalharam na Operação Rondon foram montadas de acordo com os projetos de extensão e as propostas das oficinas, mas revelaram na prática que todos estavam ali em nome de um trabalho maior. “Cada equipe demonstrou muita humanização”, afirmou. “Eram pessoas de diversas áreas do conhecimento e de formação, mas que se apoiavam para executar atividades que usualmente não executam. Descobriram, na verdade, talentos que eles nem sabiam que tinham”.
Com o impacto da edição 2025, a coordenadora reflete acerca da dimensão comunitária e de todas as pessoas envolvidas para que o trabalho aconteça. Ela reconhece os desafios dos voluntários, ao passarem dias fora de casa, longe dos familiares. “Mas eu acredito na coletividade e vejo isso no Rondon. Aqui ninguém trabalha sozinho”, disse.
O pró-reitor de Extensão da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), Rui Gonçalves Marques Elias, foi o coordenador-geral da Operação na região do Norte Pioneiro e destacou a missão cumprida pelos trabalhos. “Chegamos ao final com a sensação muito boa de dever cumprido, mas especialmente satisfeito pela operação mostrar à população a importância da universidade na vida de todos. Fica aqui o meu agradecimento especial a todos os rondonistas e à comunidade em geral”, disse.
Adesão inédita
Paulo Liboni, diretor de Programas, Projetos e Iniciação Extensionista na Proex, coordenador institucional da Operação Rondon Paraná na UEL, destaca que o edital de seleção de estudantes rondonistas teve um recorde de inscrições, 100, dentre graduandos e pós-graduandos. “As vagas são limitadas, apenas 20. E tivemos inscritos dos mais diferentes campos de conhecimento interessados em participar”.
No âmbito das oficinas levadas à Operação, seu destaque vai para a de esmalteria. Enquanto faziam as unhas das mulheres, nas comunidades, os estudantes propunham diálogos sobre direitos humanos, violência doméstica e questões de gênero. “É um momento de intimidade onde a gente pode entrar nesse assunto, fora do radar de quem assedia essas mulheres. É deslumbrante”, comentou.
A Reitora da UEL, Marta Fávaro, presente no encerramento, agradeceu. “Só tenho a agradecer a cada um dos nossos estudantes e a cada um dos nossos professores, à nossa instituição parceira, a Unipar, por estarem juntos, fazendo a diferença na vida de milhares de pessoas”.
Conjunto C
A cobertura de todo o evento foi coordenada pela Pró-Reitora de Extensão, Cultura e Sociedade, Zilda Andrade, em face de sua experiência no campo da comunicação. A produção jornalística, fotográfica e voltada às redes sociais esteve sob sua orientação, abrangendo todas as cidades e as ações de cada uma das IES em campo. Voluntários das áreas de Relações Públicas, Jornalismo e Design viajaram mais de 1000 km, percorrendo os 14 municípios participantes e produzindo conteúdos em tempo real. Do modo como se estruturou, visitando cada uma das cidades três vezes, as atividades do conjunto foram inéditas na história do Rondon Paraná.

(*Bolsista na Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Sociedade, integrante da equipe de Comunicação Projeto Rondon 2025).