V Pró-Ensino bate recorde com 414 trabalhos apresentados

V Pró-Ensino bate recorde com 414 trabalhos apresentados

Evento ocorreu no último dia da Paraná Faz Ciência e trouxe pesquisadores de outras instituições, além da UEL. Ao todo, foram mais de 580 inscritos.

O V Pró-Ensino: Mostra Anual de Atividades de Ensino da UEL encerrou nesta sexta (10) a programação da Semana Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – Paraná Faz Ciência 2023. O Pró-Ensino é uma iniciativa da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) e tem como objetivo apresentar à comunidade interna e externa as atividades vinculadas à pró-reitoria, com destaque para os projetos de Pesquisa em Ensino, Programas de Formação Complementar (PFC), Residências Pedagógicas, Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), Programas de Educação Tutorial (PETs), Empresas Juniores e Núcleo de Acessibilidade da UEL. Este ano, também foram contempladas atividades vinculadas a outras instituições do Paraná.

“Nesta edição, batemos todos os recordes. Foram 414 trabalhos apresentados em diversas modalidades e em todas as áreas do conhecimento, com mais de 580 inscritos”, celebra a pró-reitora de Graduação (Prograd), Ana Márcia Tucci de Carvalho.

Ana Márcia Tucci de Carvalho, pró-reitora de Graduação. Números foram superlativos, “um recorde” (Fotos: Rádio UEL).

Segundo a pró-reitora, o resultado é reflexo da inserção dos eventos acadêmicos dentro da Semana Paraná Faz Ciência. Outro motivo, é o fato de que, neste ano, EAIC, Por Extenso e Pró-Ensino foram realizados separadamente, possibilitando aos alunos apresentarem seus trabalhos em mais de uma modalidade de evento acadêmico.

Os trabalhos foram apresentados presencialmente, nos períodos matutino e vespertino, em salas de aula do Centro de Estudos Sociais Aplicados (Cesa). Uma das pesquisas, “Relato de experiência no Programa de Residência Pedagógica (PRP) em Educação Física”, é de autoria de Reginal Luis, com supervisão da professora Carla Cristiane da Silva.

Estudante indígena Ava-Guarani, da Comunidade Indígena Guaíra, Reginal está no 4º ano do curso de Educação Física da UEL. A pesquisa teve como foco relatar as experiências vivenciadas por um residente de Educação Física, frente aos desafios da formação inicial docente. A escola campo foi o Colégio Estadual Professor José Aloísio Aragão, que é o Colégio de Aplicação da UEL, nos primeiros 9 meses da residência.

Evento reuniu mais de 400 trabalhos de 580 inscritos, tanto da UEL quanto de outras universidades.

“Enquanto indígena, posso relatar a forte experiência do conteúdo de matriz indígena com as turmas. Foi uma experiência marcante explicar sobre a minha origem e as brincadeiras da minha infância. A curiosidade e integração dos escolares foi intensa, experiência que me proporcionou mais segurança no processo de regência das aulas”, conclui Reginal.

Já o trabalho intitulado “A importância de aulas práticas no ensino de botânica para o Ensino Médio: Relato de experiência no Pibid”, foi desenvolvido pelos alunos Carlos Eduardo Rodrigues Ambrosio, Helena Maria da Costa dos Santos, Julia Cabral da Silva e Julia França Ferreira, do 3º ano do curso de Ciências Biológicas da UEL. Sob a orientação dos professores Carla Aparecida de Barros, Álvaro Lorencini Júnior e Patricia de Oliveira Rosa-Silva, os estudantes desenvolveram uma aula prática para alunos do ensino médio do Instituto de Educação Estadual de Londrina (IEEL), onde abordaram o reino vegetal.

“Nós decidimos por esta temática porque vemos muitas dificuldades nas aulas de ciência e a precarização do ensino nas aulas práticas, então, uma forma de facilitar o entendimento dos alunos são as aulas práticas”, explica Julia França Ferreira. A aula incluiu morfologia e anatomia vegetal, como funciona a fotossíntese, a respiração das plantas, entre outros aspectos.

“Nós apresentamos uma contextualização teórica sobre o assunto, depois mostramos para os alunos como se utiliza um microscópio. Então, apresentamos as plantas que levamos, preparamos as lâminas e eles puderam observar as estruturas no microscópio, o que dinamizou, de fato, o aprendizado pelo conteúdo ter ficado menos abstrato”, comenta Carlos Eduardo Rodrigues Ambrósio.

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