Panorama da pós-graduação é tema de mesa-redonda nesta quinta (9)
Panorama da pós-graduação é tema de mesa-redonda nesta quinta (9)
Números sobre o tema foram apresentados pelos pró-reitores de Pesquisa e Pós-Graduação da UEL e UEPG. Estado tem alta proporção de doutores por 100 mil/hab.Um panorama da pós-graduação no Brasil e no Paraná foi apresentado na tarde desta quinta-feira (9) na mesa-redonda “Pós-Graduação no Paraná: desafios e perspectivas”, realizada no Auditório do Paraná Faz Ciência (CCB). O encontro teve como convidados a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação (ProPPG) da UEL, Silvia Márcia Ferreira Melleti, e o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Giovani Marino Fávero.
No evento, os pró-reitores apresentaram um “balanço” tanto quantitativo quanto qualitativo da pós-graduação no Paraná, inclusive com comparações com o cenário nacional e internacional. Foi uma oportunidade para professores e coordenadores de programas de pós-graduação se inteirarem sobre dados acerca das instituições de financiamento e também sobre o alcance dos PPGs no Paraná e em todo o país.
No Brasil, há 548 Instituições de Ensino Superior (IES) com programas de Pós-Graduação stricto sensu. Destes, 38 ficam no Paraná, o que representa aproximadamente 7% do total. Estes programas estão espalhados pelas sete IES do estado, abrangendo as mais diversas áreas do conhecimento.
Silvia destacou as instituições públicas de ensino – em específico a UEL – no desenvolvimento da pós-graduação, lembrando dos resultados positivos obtidos em nível nacional. Ela conta que, dos nove programas do estado com nota sete (a maior nota, segundo avaliação da Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoa de Nível Superior, a Capes), três são da UEL. “A pesquisa no Brasil, assim como a formação de mestres e doutores, está instituições públicas”, frisa. Atualmente, a UEL conta com aproximadamente 2300 estudantes matriculados em cursos de pós-graduação.
Ela também destacou a importância da internacionalização de pesquisas e programas. Vínculos com pesquisadores estrangeiros, pós-doc em uma instituição internacional e doutorado sanduíche são exemplos deste flanco da pós-graduação. Este intercâmbio global de pesquisas é o gerador de muitas das inovações que podem ter aplicação prática na sociedade nas mais diversas esferas do conhecimento.
Já Giovani Fávero expôs números comparativos da pós-graduação brasileira com outros países. Enquanto no Brasil a taxa de doutores para cada 100 mil habitantes é de 7,6, no Reino Unido este número chega a 41. Nos EUA, está em 25. Neste contexto, o Paraná se sobressai. Aqui o índice é de 15,1, praticamente o dobro da média nacional.
Também foi abordado o percentual destinado por cada órgão de fomento no apoio aos PPGs: 79% contam com o financiamento da Capes, 12% das Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs) e 9% do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Estas instituições são as responsáveis pelo andamento da pós-graduação no Brasil, salientou, lembrando que “a bolsa é a base da pesquisa”.
*Estagiário de Jornalismo na COM/UEL.