Projeto de extensão do CCB estimula conscientização sobre o câncer de mama

Projeto de extensão do CCB estimula conscientização sobre o câncer de mama

Segunda frente prevê ações online sobre a doença e hábitos saudáveis em escolas públicas das áreas urbana e rural de Londrina.

“Promover a conscientização da população feminina sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama para preservar a saúde da mulher e reduzir a mortalidade associadas à doença”. Este é o objetivo do projeto “Cultivando saúde: prevenção contra o câncer de mama: fase II”, coordenado pela professora Maria Angelica Ehara Watanabe, do Departamento de Ciências Patológicas, do Centro de Ciências Biológicas (CCB), da UEL.

A professora explica que a proposta atua em três frentes. A primeira trata de atividades com pacientes com câncer de mama no Hospital de Câncer de Londrina. A segunda frente prevê ações sobre a doença e hábitos saudáveis em escolas públicas das áreas urbana e rural de Londrina. A terceira consiste em um trabalho de conscientização sobre estilo de vida com a população universitária feminina, ou seja, um público jovem.

(Divulgação)

A professora Maria Angelica Watanabe explica que dados do projeto reúnem informações de 233 pacientes com câncer de mama. Segundo ela, deste total, 18,9% apresentaram idade inferior a 44 anos. “Elas apresentaram parâmetros clinicopatológicos associados a tumores mais agressivos. Observamos também que essas pacientes apresentavam outras doenças associadas, em grande parte delas, 37%, eram hipertensas”, complementa a professora. Por isso, a conscientização e o diagnóstico precoce são necessários. Confira o áudio.

Sobre a população acadêmica, o projeto atendeu 150 estudantes universitária. Chama a atenção da professora Maria Angelica Watanabe, o fato de grande parte não praticar atividade física regularmente nem manter uma alimentação saudável com ingestão de frutas rotineiramente. “Este projeto propiciou o envolvimento de alunos de pós-graduação e graduação com a comunidade, contribuindo assim para a formação de profissionais éticos e qualificados para atuar na área de câncer de mama integrando o ensino, a pesquisa e a extensão”, destaca a professora.

Escolas – Maria Angelica Watanabe diz que ir às escolas é muito importante para disseminar informações sobre o câncer de mama. Ela diz que as estudantes fazem perguntas de ordem pessoal que podem ajudar a detectar possíveis problemas de saúde. Além disso, a professora comenta que os diretores e professores das escolas dos distritos rurais ficam muito satisfeitos, por causa do acesso à informação. “Porque poucas pessoas vão dar palestras fora da área urbana”, afirma. “A gente resolveu a fazer a fase II [do projeto], porque as pessoas procuram pelas nossas palestras”.

Por causa da pandemia de COVID-19, provocada pelo novo coronavírus, a equipe do projeto “Cultivando saúde” está realizando encontro virtuais a partir da plataforma Google Meet. Segundo ela, isso pode facilitar o acesso da comunidade escolar ao conteúdo. Uma palestra que ela cita foi às mães de estudantes da APAE de Ibiporã. Além das escolas, a professora cita que a equipe pode levar o conteúdo a funcionárias de empresas – pequenas e grandes – de Londrina e região. Escolas e empresas que quiserem agendar uma palestra podem entrar em contato com a professora Maria Angelica Watanabe pelo e-mail maewat@uel.br.

Conhecimento – O estudante Luiz Henrique Fernandes Spolador, da 3ª série do curso de Biomedicina, que participa do projeto, afirma que as ações de extensão universitária são uma forma para democratizar o conhecimento produzido nas instituições de ensino superior. “O projeto possibilita a transmissão da ciência à comunidade de forma que essa interação com a sociedade seja um passo importante e necessário para prevenção do câncer de mama”.

Ele diz que as atividades do “Cultivando Saúde” oferecem uma experiência única, já que na graduação os estudantes têm uma rotina de aulas, nos laboratórios e, dificilmente, tem a oportunidade de levar à comunidade o que eles realizam. “Acredito que a interação com a sociedade me ajudou a entender um pouco mais a importância da minha profissão. Tive a oportunidade de levar ciência e lidar com diferentes realidades. Para mim, é um prazer imenso fazer parte de uma equipe que contribui muito para a minha formação profissional”.

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