Enfermeira do HU/UEL recebe primeira dose da vacina contra a COVID-19 em Londrina

Enfermeira do HU/UEL recebe primeira dose da vacina contra a COVID-19 em Londrina

Imunização foi feita nesta terça (19) na presença do Secretário Estadual de Saúde do Paraná, Beto Preto, acompanhado de autoridades locais e profissionais da saúde.

A enfermeira Fátima Hirth Ruiz, da Divisão de Moléstias Infecciosas do Hospital Universitário (HU/UEL) e que atua como plantonista do Serviço de Atendimento de Urgência (SAMU), foi a primeira profissional de saúde de Londrina a receber a vacina contra o Coronavírus, durante cerimônia realizada no hall de entrada do Hospital de Referência da COVID-19, no final da manhã desta terça-feira (19). A imunização foi feita na presença do Secretário Estadual de Saúde do Paraná, Beto Preto, acompanhado de diversas autoridades locais e por profissionais que atendem no HU/UEL, referência no atendimento a pacientes infectados pelo vírus.

As primeiras vacinas a serem distribuídas em Londrina chegaram à cidade por volta das 12 horas em um dos aviões disponibilizados pelo Governo para a logística de distribuição. De acordo com secretário Beto Preto, até meados deste ano deverão ser imunizados 4 milhões de paranaenses. Até o final de 2021 serão 8 milhões de doses aplicadas na população, considerando duas etapas. Segundo o secretário, esse quantitativo deverá ser suficiente para imunizar a população, considerando os casos de menores de 18 anos, gestantes e pessoas alérgicas que não deverão receber a vacina.

As primeiras doses da vacina chegaram nesta terça-feira (19) e serão destinadas à imunização dos profissionais de saúde da cidade.

“Estamos pressionando para que o Governo Federal garanta a vacina para todos. Queremos técnica e ciência nesse processo de imunizar os brasileiros”, definiu o secretário. Ele agradeceu a equipe do HU/UEL que realiza atendimento de referência desde o início da pandemia no Brasil, em março passado. Ainda de acordo com Beto Preto, o Paraná se planejou para realizar a imunização com a aquisição antecipada de seringas, algodão, máscaras e equipamentos e demais insumos. Além de Londrina, o secretário deveria dar o start da vacinação ainda nesta terça-feira também em Maringá e Umuarama.

Ciência e segurança – O reitor em exercício da UEL, Décio Sabbatini Barbosa, que é professor do Departamento de Ciências Farmacêuticas, junto ao Centro de Ciências da Saúde (CCS), afirmou que a vacina, desenvolvida e produzida, em tempo recorde – menos de 12 meses – é uma vitória da ciência e dos cientistas. “Entendemos que essa é a única alternativa para retornarmos à normalidade. Não existe remédio contra a Covid-19, o tratamento é feito apenas com medidas de suporte”, esclareceu.

Segundo Décio, que também é plantonista do HU/UEL, no Laboratório de Urgência, para garantir a segurança, será necessário que 100% das pessoas que têm indicação de imunização tomem a primeira e a segunda dose. Esse procedimento precisa ocorrer em todo o planeta, já que o mundo enfrenta uma pandemia. O reitor em exercício entende ainda que a vacina anti COVID-19 deverá fazer parte do calendário vacinal, devendo ser repetida anualmente.

Para a diretora superintendente do HU/UEL, enfermeira Vívian Feijó, a chegada da vacina deve ser comemorada porque representa um ânimo novo, em um momento em que o Brasil e várias outras nações enfrentam a aceleração no contágio do vírus. “A vacina é o único instrumento eficaz para uma doença infecciosa ainda mais quando não existe um tratamento específico convalidado, como é o caso da COVID-19”, considerou. Nestes 11 meses de atendimento, o HU/UEL registrou mais de 7 mil casos suspeitos, confirmados e descartados do Coronavírus.

Enfermeira Fátima Ruiz, que atua no HU/UEL há cinco anos, está na linha de frente no atendimento a pacientes com COVID-19 desde o início da pandemia.

Comemoração – A enfermeira Fátima Ruiz não escondeu a emoção ao ser a primeira vacinada de Londrina. No HU/UEL há cinco anos e atuando na linha de frente contra a COVID-19 desde a constatação da doença em Londrina, em março passado, ela explica que, apesar dos vários estudos, não é possível ainda precisar a reação de cada pessoa quanto à doença.

Neste período ela viu idosos com idades superior a 90 anos reagirem bem e jovens não terem a mesma condição. Também assistiu a centenas de colegas serem infectados. “A vacina será a esperança de cura”, resumiu ela.

Imunização – Em Londrina, segundo o Plano Municipal de Imunização Covid-19, deverão ser imunizados em uma primeira etapa trabalhadores da saúde e idosos em asilos, totalizando 26 mil pessoas. A segunda etapa prevê a imunização de 85 mil pessoas com mais de 60 anos; a terceira fase inclui outras 21 mil pessoas que apresentam comorbidades; a quarta etapa inclui 38,5 mil pessoas como professores, forças de segurança, funcionários do sistema prisional, pessoas em situação de rua e trabalhadores do transporte coletivo. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (18) pela Secretaria Municipal de Saúde de Londrina.

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