Ação conjunta traz orientações sobre saúde mental para estudantes indígenas e negros

Ação conjunta traz orientações sobre saúde mental para estudantes indígenas e negros

Série de encontros, promovida pela equipe do SEBEC e Curso de Psicologia, têm o objetivo de construir ações permanentes na universidade.

Willian C. Fusaro

Agência UEL


O Serviço de Bem-Estar à Comunidade (SEBEC) e o Curso de Psicologia, do Centro de Ciências Biológicas (CCB), iniciam uma série de reuniões para construção de ações e saúde mental, direcionadas a estudantes negros e indígenas da Universidade. O segundo encontro ocorre nesta quarta-feira (17), das 13h às 13h40. 

As ações visam construir, junto a esses estudantes, formas de amenizar situações de estresse e dano emocional causados pelo contexto de pandemia, como explica o coordenador do evento pelo Departamento de Psicologia Social e Institucional, Jefferson Olivatto da Silva. “Conseguimos perceber, através de demandas que chegam de órgãos competentes, como o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e a Comissão Universidade para os Índios, que existe demanda por grupos de apoio contínuo”, comenta. Por parte do SEBEC, o evento está sob coordenação da psicóloga Carla Maria Canalle Pagnossim.

Essas populações, segundo o coordenador, estão tendo dificuldades inclusive de permanência na Universidade devido à pandemia. Além de tratar, nos encontros, de demandas trazidas por instituições, a participação dos estudantes é fundamental para recolher mais demandas imediatas e urgentes para o grupo. 

Nesse sentido, a comissão escolheu, inclusive, horários diferenciados para os encontros, um no começo da tarde e outro no começo da noite. “A ideia é oferecer horários para quem trabalha em diferentes períodos”, ressalta. Os encontros no período da noite serão das 19h às 19h40, às segundas-feiras.

Pandemia – O atual contexto da pandemia pode ter intensificado os problemas desses grupos na Universidade, mas esse quadro já é antigo. O coordenador do evento ressalta que nenhum dos problemas comumente observados pela equipe é novo. “Esses problemas já existiam bem antes da pandemia, só que foram bastante agravados”.

Como exemplos, cita a dificuldade do acesso à internet, uma carência comum a estudantes de aldeias, por exemplo. “Historicamente, essas populações já acessam o ensino superior com desvantagens”, esclarece, citando a questão da obrigatoriedade de ter de trabalhar no contraturno, por exemplo. 

Apoio – A partir das primeiras reuniões, o grupo tem a intenção de se tornar uma rede de relacionamento e apoio mútuo para os estudantes, que consiga, nas palavras de Jefferson, “oferecer sensação de pertencimento” com relação à Universidade. “Muitos estudantes só recebem notícias de projetos, programas ou mesmo estágios em suas áreas depois de muito tempo no curso. Essa situação precisa ser tratada. Eles precisam se integrar cada vez mais à instituição”. salienta.

Mais informações sobre o evento podem ser obtidas por meio do e-mail psicologia.sebec@uel.br. A reunião será realizada via Google Meet – acesse AQUI

Leia também