O Laboratório de Síntese de Moléculas Medicinais (LASMMED) surgiu com o objetivo de unir a habilidade de três professores a partir da prática de sintetizar novas moléculas e compostos que tivessem atividade importante dentro de doenças negligenciáveis, causadas por agentes infecciosos ou parasitas, exemplo a tuberculose e a dengue. A equipe do LASMMED busca sintetizar substâncias que poderão se tornar fármacos, substância orgânica responsável pela ação do medicamento no organismo.

Sob coordenação dos professores do Departamento de Química, do Centro de Ciências Exatas (CCE), Carla Cristina Perez, contribui com a experiência na área de Ciência Orgânica e os professores Marcelle de Lima Ferreira Bispo e Alexandre Orsato na área de Química Medicinal. Atualmente, o laboratório conta com 20 estudantes da graduação. Eles são dos cursos de Química, Farmácia e Biomedicina – mestrado e dourado.

Linhas de Pesquisas e COVID-19

Além das doenças negligenciadas, o professor Alexandre Orsato atua no desenho e síntese de fármacos para o tratamento do câncer, química aromática e heterociclos, inibidores de quinases, glycomimetics, peptidomimetics, síntese de derivados de carboidratos e produtos naturais. 

Neste sentido, a professora Carla Cristina Perez trabalha na síntese de compostos biologicamente ativos e metodologias em química orgânica. Já, a professora Marcelle de Lima Ferreira Bispo faz pesquisas na área de química medicinal, com ênfase em planejamento, síntese e avaliação biológica de substâncias novas, que têm potencial atividade antimicrobianas e a bactérias resistentes, antiparasitárias ou antitumoral.

Projetos – Outra doença doença não negligenciável investigada pelos pesquisadores é o novo Coronavírus, causador da pandemia de COVID-19. Atualmente, em comum, os três professores atuam em um projeto, aprovado em edital da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) sobre a COVID-19, tendo como parceiros o Centro de Ciências da Saúde (CCS) e Centro de Ciências Biológicas (CCB). 

O projeto busca, a partir de análises computacionais encontrar possíveis substâncias que tenham atividades com o novo Coronavírus. A partir dessa identificação, dentro da diluição de substâncias que o laboratório já possui, serão avaliadas e identificadas substâncias em potencial junto ao grupo de moléculas. Após análise em laboratório, a outra etapa é o envio para avaliação biológica no CCB e CCS. 

Nesse estudo, sobre o COVID-19, a professora Marcelle de Lima Ferreira Bispo atua no sentido de selecionar quais são moléculas mais eficazes para agir em parte específica do vírus (alvo molecular), ou seja, enzima importante para o vírus se manter ativo. Assim, o projeto visa encontrar dentro de uma coleção de moléculas, qual delas teria a maior chance de se ligar a esses alvos moleculares evitando a testagem em todas as moléculas da célula. 

Outros projetos em andamento são o do professor Alexandre Orsato, que envolve estudantes da graduação, mestrado e doutorado, no qual trabalha com carboidratos fazendo modificações químicas. A partir dele, surgiu a parceria com a Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), com foco em pesquisas para o desenvolvimento de um adesivo inibidor do vírus do herpes.

A professora Carla Cristina Perez desenvolve o estudo sobre a síntese da malária, a partir de compostos derivados de duas moléculas que têm atividade com a tentativa de melhora. 

Colaborações- O laboratório conta com colaborações externas. Entre elas, com a Universidade de Milão da Itália, Universidade de Lyon da França, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP/Araraquara) e Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP/Bauru). Conta ainda com colaboração de pesquisadores da UEL, que são dos Departamentos de microbiologia, patologia, protozoologia, entre outros. 

Mais informações pelo e-mail lasmmed@uel.br.