Projeto orienta pacientes com gestação de alto risco sobre maternidade

Projeto orienta pacientes com gestação de alto risco sobre maternidade

Equipe já atendeu 258 gestantes e 196 acompanhantes. Capacidade de atendimento é de 50 gestantes e 50 acompanhantes por mês.

“Contribuir para a promoção do parto e nascimento saudáveis e a prevenção da morbimortalidade materna e perinatal”. Este é o objetivo do projeto de extensão “Visita à maternidade de alto risco: conhecendo o desconhecido”. O estudo é coordenado pela enfermeira, obstetra e professora Keli Regiane Tomeleri da Fonseca Pinto, do Departamento de Enfermagem, do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UEL.

O projeto está registrado na área de Saúde Humana, conforme classificação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Atrelado às Políticas Públicas “Rede Cegonha”, do Ministério da Saúde, e “Rede Mãe Paranaense”, do Governo do Paraná, as atividades desenvolvidas são pautadas na vinculação da gestante à maternidade. A iniciativa busca contribuir para a redução da mortalidade materna e infantil.

A Lei Federal nº 11.634, de 27 de dezembro de 2007, afirma que é direito da gestante conhecer e estabelecer vínculo antecipado com a maternidade na qual receberá assistência no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com a professora, o projeto faz cumprir essa lei. “Além de tirar dúvidas, o projeto faz com que a paciente conheça a maternidade antes do parto para que ela conheça o ambiente, os profissionais que farão o acolhimento, para desmistificar os medos e o receio que ela tem”, explica.

O projeto tem capacidade para atender 50 gestantes e 50 acompanhantes por mês, provenientes dos 21 municípios da 17ª Regional de Saúde do Paraná. Segundo a docente, o público-alvo são gestantes atendidas no ambulatório de especialidades do Hospital Universitário (HU) da UEL, que apresentam gestação de risco. Até o momento, a equipe do projeto já conseguiu atender 258 gestantes e 196 acompanhantes.

Além da visita à maternidade, foram realizadas rodas de conversa sobre o papel do acompanhante e o procedimento para registro de nascimento da criança. A proposta é diminuir o estresse e a ansiedade, bem como sanar dúvidas para favorecer a criação de um ambiente acolhedor na hora do parto. As atividades foram desenvolvidas por alunos da graduação do curso de Enfermagem, com orientação da professora.

Equipe do projeto no evento Calçadão da Extensão, no centro de Londrina (Arquivo pessoal)

Adaptação na pandemia

Durante a pandemia, as visitas foram interrompidas, seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o controle do número de casos da Covid-19. Para contornar a situação e continuar com os trabalhos de acolhimento e educação das gestantes, o projeto passou por algumas adaptações.

De acordo com Keli, a equipe produziu um vídeo apresentando o espaço da maternidade, o qual foi disponibilizado para as gestantes do ambulatório, que continuaram realizando o pré-natal. Além disso, recentemente foi criado um perfil em uma rede social com o intuito de orientar as pacientes na fase do retorno das atividades presenciais. “Nós tivemos que nos adequar”, acredita a docente. “Não é o que queríamos porque queríamos o contato físico, mas nesse momento de pandemia é o que podemos proporcionar”, afirma.

A professora também explica que já está sendo encaminhada uma segunda versão do projeto, buscando respeitar o prazo de encerramento de atividades de extensão e preparar os alunos para o serviço de acolhimento, já que a expectativa é de que o fluxo de pacientes aumente após a inauguração da nova ala de maternidade do HU-UEL.

*Estagiária na COM/UEL

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