A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) do Paraná reuniu representantes do Comitê Intersetorial de Controle da Dengue na manhã desta quarta-feira (3), na Universidade Estadual de Londrina. A reunião ordinária foi realizada no Anfiteatro Cyro Grossi (CCB) e teve o objetivo de colocar em debate estratégias e ações conjuntas de combate à dengue, em meio ao atual cenário de emergência em saúde pública em decorrência da doença. O Paraná já soma 77 óbitos e quase 160 mil casos de dengue desde o início deste período epidemiológico, em 30 de julho de 2023. Dos 160 mil casos, 23,4 mil foram são da última semana. 

A UEL compõe o comitê já que possui desde 2016 o Grupo de Trabalho de Vigilância e Controle do Aedes aegypti. Muito além de controlar os índices de infestação e a presença do vírus no campus universitário, o GT da Dengue tem o objetivo de propor estratégias a partir do conhecimento produzido por docentes e estudantes nos programas de pós-graduação de Centros de Estudos, como o de Ciências Biológicas.  

Algumas destas ações foram discutidas na reunião pelo diretor do Centro de Ciências Biológicas (CCB), João Zequi, e pelos professores Gislayne Trindade Vilas Bôas e Laurival Antônio Vilas Bôas, ambos do Departamento de Biologia Geral (CCB).  

“Essa demanda da sociedade sobre a dengue vai ao encontro do que fazemos aqui, com pesquisa e formação de alunos. O nosso papel aqui é desenvolvermos tecnologias de baixo custo aplicáveis ao Plano Nacional de Combate à Dengue e que sejam viáveis no dia a dia para se fazer o monitoramento do vírus, do vetor, que é super importante para fazer o controle. Mas o foco é educação ambiental com saúde envolvendo a população”, avalia. 

O diretor explica que o Campus Universitário faz ações contínuas para monitorar a presença do mosquito Aedes aegypti. “O monitoramento é feito constantemente e aborda onde está o vetor e se tem circulação de vírus. Isso é importante porque quando você lança o índice de infestação no Campus, os Centros que estão com mais infestação precisam fazer alguma ação, as pessoas precisam ser envolvidas. Então, se faz um checklist, que é uma checagem do espaço para remover os criadouros”, destaca o professor João Zequi.   

Adotando a campanha “10 minutos contra o Aedes na UEL” como mote, a checagem dos espaços foi uma das primeiras ações implementadas pelo GT, em 2016. Em seguida, entraram em cena as armadilhas chamadas de ovitrampas, que têm o objetivo de coletar os ovos do mosquito e indicar a sua presença em um raio de até 200 metros. 

Comitê

Criado em 2019, o Comitê Intersetorial de Controle da Dengue é composto por 13 secretarias, autarquias e órgãos do Governo do Estado, envolvendo também representantes do Legislativo e Judiciário paranaenses. Neste encontro estiveram presentes representantes do Ministério Público, Defesa Civil, 17ª Regional de Saúde, Detran-PR, Tiro de Guerra, Associação Médica de Londrina (AML) e Conselho Estadual de Saúde.