UEL inicia supervisão acadêmica do Programa Mais Médicos no Norte do Paraná
UEL inicia supervisão acadêmica do Programa Mais Médicos no Norte do Paraná
Universidade é a única das estaduais do Paraná que oferece qualificação, em parceria com o Ministério da Educação.A Universidade Estadual de Londrina iniciou neste mês a Supervisão Acadêmica do Programa Mais Médicos para o Brasil (PMMB), iniciativa instituída pelo Governo Federal para dar vazão à demanda pelo atendimento em Unidades de Atenção Básica à Saúde de todo o País. A UEL é a única universidade estadual do Paraná parceira do Ministério da Educação (MEC) no programa, que também tem o objetivo de oferecer qualificação para o exercício das atividades de ensino. Parte do grupo que irá atuar na supervisão acadêmica esteve reunida com a administração da UEL, na manhã desta segunda-feira (29).
No encontro de boas-vindas, no Gabinete da Reitoria, os supervisores foram recebidos pela reitora da UEL, Marta Favaro, pelo vice-reitor, Airton Petris, membros da administração e pela diretora do Centro de Ciências da Saúde (CCS), Andréa Name. Também estiveram presentes a professora e vice-diretora do CCS, Carrie Chueiri Ramos Galvan, e o professor Carlos Takeo Okamura, tutor acadêmico principal do PMMB. Este trabalho também conta com a atuação da chefe do Departamento de Saúde Coletiva da UEL, a professora Ester Massae Okamoto Dalla Costa.
“Essa é a função da universidade para com as redes de formação continuada. Tentar aprender sempre e mais para que possamos impactar de uma forma bastante intensa e significativa a vida das pessoas que, muitas vezes, só têm esse recurso para conseguir pensar as suas vidas. E se fazemos isso de forma competente, então, são pessoas que vão ter as suas vidas transformadas com o olhar atento de vocês, porque é o olhar de vocês orientando os outros médicos”, disse a reitora.
Conforme as regras, os supervisores acadêmicos ficam responsáveis por ministrar conteúdos de ensino-serviço e supervisionar as atividades de até dez profissionais médicos cada. Os profissionais convocados pelo PMMB foram selecionados por um edital específico e irão atuar na condição de bolsistas nas unidades de saúde, colaborando no atendimento à população de uma forma mais próxima, principal característica da especialidade de Medicina de Família e Comunidades.
De acordo com o professor Carlos Okamura, a ampla maioria dos 152 médicos selecionados já deu início às atividades ainda no mês de abril. A expectativa para os próximos dois meses é de que esse número cresça para 200 profissionais e 20 supervisores. A área de abrangência envolve 59 municípios atendidos pelas regionais de saúde sediadas em Apucarana (16ª), Londrina (17ª) e Cornélio Procópio (18ª), e que reúnem 1,6 milhão de habitantes. Ainda de acordo com ele, os 152 médicos estão divididos da seguinte maneira: 41 na 16ª RS; 78 na 17ª RS e 33 na 18ª RS.
“O enfoque da UEL no Mais Médicos será apoiar a regionalização da Saúde no Norte do Paraná, colaborando com os objetivos prioritários da Macrorregião Norte do Estado, especialmente com as Linhas de Cuidado prioritárias para a Macrorregião”, explica. “É muito desafiador mas muito motivador e estamos dispostos a contribuir no fortalecimento no eixo ensino-serviço”, concluiu o professor.
Além da UEL, trabalham na qualificação de profissionais para atendimento no Paraná as universidades federais do Paraná (UFPR) e da Integração Latino-Americana (Unila), além das Faculdades Pequeno Príncipe, mantenedora do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba. É a primeira vez que uma universidade estadual é incluída na atividade formativa dos profissionais.
“Especialistas em gente“
Para Hugo Betsaida Leme, 33, médico de família, supervisor pelo projeto e egresso de Medicina da UEL, a sensação de dar início ao trabalho é muito animadora. Ele destaca que a especialidade prevê um olhar dos profissionais um pouco mais amplo e sensível sobre os pacientes, além de práticas mais “humanas”, classifica.
“Brincamos que somos especialistas em gente, e dentro disso, (avaliamos) os desequilíbrios, os problemas de saúde que os pacientes têm e muitas vezes são determinados pelo meio social”, explica. “A UEL conseguir oferecer esse suporte à rede passa uma estabilidade e um peso grande ao programa, e poder voltar à comunidade universitária é muito animador”, comemora.