Roda de conversa do SEBEC traz os temas gênero e sexualidade

Roda de conversa do SEBEC traz os temas gênero e sexualidade

Promovida em parceria com o CCB, iniciativa será nesta quarta-feira (7), às 19 horas - via plataforma digital.

O Serviço de Bem-Estar à Comunidade (SEBEC) da UEL promove a roda de conversa “Diálogos sobre gênero e sexualidade: efeitos da lógica heteronormativa na população LGBTIQA+”. O evento será nesta quarta-feira (7), às 19 horas, e as inscrições devem ser feitas pelo e-mail psicologia.sebec@uel.br. A conversa terá a participação da pesquisadora Flávia Lopes e dos pesquisadores Marco Antonio Barros e Matheus Fortes. A atividade é uma parceria com a Associação Londrinense Interdisciplinar de Aids (ALIA) e o projeto Entre Tons, com apoio da Gráfica UEL.

Flávia Lopes é graduanda do último ano do curso de Psicologia, do Centro de Ciências Biológicas (CCB), e vinculada ao projeto Entre Tons, coordenado pela professora Flávia Fernandes de Carvalhaes, do Departamento de Psicologia Social e Institucional, do CCB. Ela explica que estudiosos afirmam que o gênero e a sexualidade são sistemas de verdades postulados socialmente como algo natural e a heteronormatividade é instaurada como uma matriz cultural. Ela cita a pensadora Judith Butler, que sistematizou a Teoria Queer, para refletir sobre vários aspectos desse tema.

(Divulgação/SEBEC)

Segundo a estudante, dentro dessa matriz, existe uma linearidade sobre os corpos a partir de sexo, gênero, sexualidade e prática sexual. Nessa linearidade, existe uma regra, que preconiza uma perspectiva homogênea e quem foge a isso é tido como um corpo abjeto. “Os atravessamentos [da heteronormatividade] nos atinge a todo momento”, afirma. “Quando a gente pensa na população LGBTQIA+, a gente fala de uma população que se desvia dessa norma colocada como natural pela sociedade”.

Flávia Lopes afirma que essa matriz tida como natural causa impacto sobre a população LGBTQIA+. Ela cita como exemplo um casal do mesmo sexo, em que se espera que ambos cumpram, necessariamente, um determinado papel. “É de extrema importância que a gente passe a pensar nas nossas práticas, o quanto a gente reforça e o quanto, por vezes, é capturado a pensar nessa lógica”.

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