Colegiado do CCH promove debate sobre “História em Tempos de Exclusão”
Colegiado do CCH promove debate sobre “História em Tempos de Exclusão”
Iniciativa tem como convidada a professora Cristina Meneguello, da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).O Colegiado de História da UEL promove, no dia 16 de setembro, às 19 horas, o evento online “História em Tempos de Exclusão”. A iniciativa contará com a participação da professora Cristina Meneguello, da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e vai debater os recentes casos de destruição do patrimônio público (estátuas de governantes do período da Ditadura Militar ou de bandeirantes, por exemplo), evidenciados recentemente, e suas relações com a memória de povos excluídos e marginalizados.
O evento vai contar com a mediação dos professores do Departamento de História – Centro de Letras e Ciências Humanas (CCH) – José Muguel Arias Neto e Silvia Cristina Martins de Souza. Segundo Arias Neto, o intuito do evento é discutir a preservação do patrimônio e a memória de povos excluídos e marginalizados. “Temos que encontrar uma forma, para além de destruir símbolos, para lidar com isso. Só colocar uma placa de ‘ditador’ na estátua do Castelo Branco, por exemplo, não resolve, tampouco destruir. Poderíamos colocá-la em um ‘museu de iniquidades’, por exemplo”, adiantou o professor.
Documentos
Recentemente, a queima da estátua do bandeirante português Manuel de Borba Gato, na Zona Sul de São Paulo, em julho, causou intensos debates. Borba Gato foi um bandeirante responsável pela caça e aprisionamento de negros e indígenas escravizados pelos portugueses, durante a colonização portuguesa.
“Do mesmo modo, não acredito que proibindo livros ou queimando materiais ofensivos resolveríamos algo. Ruy Barbosa, por exemplo, tentou sumir com documentos relativos à escravidão; já Hitler, colocou fogo em bibliotecas. Temos que manter documentos e estimular a análise e reflexão crítica sobre a memória e a história para as gerações”, encerrou o professor.
Transmissão – O evento será transmitido pelo Canal do YouTube do Colegiado de História da UEL. É aberto a todos os públicos e não é necessário se inscrever.