Projeto de implantação do Museu Escolar recebe visita da secretária de Educação
Projeto de implantação do Museu Escolar recebe visita da secretária de Educação
Atividades envolvem o tratamento e catalogação dos documentos constantes do arquivo da Secretaria Municipal de Educação.A secretária municipal de Educação, Maria Tereza Paschoal de Moraes, visitou nesta segunda-feira (4) o espaço onde são desenvolvidas as atividades do projeto de implantação do Museu Escolar Londrinense (MEL), na Universidade Estadual de Londrina (UEL). Conduzida em parceria entre a Prefeitura de Londrina e a UEL, a iniciativa é voltada ao tratamento e catalogação de todos os documentos provenientes do arquivo da Secretaria Municipal de Educação.
O conjunto inclui fotografias, diplomas, atas de reuniões, certificados e outros itens, produzidos em diferentes décadas da história de Londrina. Anteriormente armazenados no barracão do antigo Instituto Brasileiro do Café (IBC), edifício pertencente ao Município, esses documentos foram acondicionados em recipientes apropriados e estão sendo higienizados e catalogados por servidores municipais e pesquisadores de graduação e pós-graduação dos cursos de História e Pedagogia da UEL.
O objetivo do projeto é que, em um futuro próximo, o acervo esteja disponível para visitação no espaço físico do MEL, que será instalado ao lado da réplica da primeira igreja matriz de Londrina, no Calçadão do Campus Universitário. Construído em madeira, o espaço será composto pelos materiais que originalmente constituíam a Escola Rural Municipal Urandy Andrade Correia, ativa entre 1968 e 1995, no distrito de Guaravera.
A construção foi desmontada e transportada para a sede do Sistema de Arquivos da Universidade Estadual de Londrina (SAUEL), onde será remontada. Atualmente, a iniciativa busca recursos e parcerias para a sua viabilização.
Durante a visita às atividades do projeto, a secretária municipal de Educação, Maria Tereza, teve a oportunidade de conhecer os trabalhos desenvolvidos e inclusive conferir alguns documentos históricos, incluindo os cadernos de estudos da primeira responsável pela SME, Therezinha Menck.
“Em uma das atas antigas que estão aqui, consta que a rede municipal de ensino tinha 73 professores, e hoje temos cerca de 5 mil. É muito importante recuperar toda essa história e preservá-la, para que possamos entender como a rede cresceu e evoluiu nas últimas décadas, e todas as mudanças pelas quais passamos. É como se uma família encontrasse uma caixa de fotos antigas, e agora tenha a oportunidade de transmiti-la para as próximas gerações”, disse.
Além do armazenamento dos itens físicos, o projeto prevê a criação de um sistema on-line de pesquisa e disponibilização, em formato digital, de diversos documentos e imagens históricas constantes do acervo do MEL. Segundo o professor do Departamento de Educação da UEL, Tony Honorato, que é um dos coordenadores do projeto, o acervo do Museu poderá ser utilizado para a elaboração de diversas atividades. “Além de ser usados para pesquisas acadêmicas, esses itens também podem dar origem a materiais didáticos, de ensino e exposições. Isso é muito importante para a nossa sociedade, porque permitirá que contextualize o presente e trace perspectivas em relação ao futuro”, afirmou.
A professora Sandra Regina Oliveira, que também é do departamento de Educação e, assim como Honorato, atua na coordenação da iniciativa, ressaltou que um dos propósitos do MEL é envolver a comunidade na realização das atividades. “A ideia parte da noção de que, em uma sociedade, todos nós nos educamos conjuntamente. Por isso, esses projetos influenciam a formação da cidadania de várias maneiras, inclusive promovendo a sensação de pertencimento em uma comunidade. Temos o sonho de, futuramente, promover ações nas quais os professores municipais já aposentados possam ajudar na identificação das fontes, imagens e documentos, criando assim uma corresponsabilidade pela memória das nossas escolas”, frisou.
Conforme a responsável pelo apoio pedagógico em História da SME, Eliane Candotti, o projeto do MEL também incluirá entre seus públicos-alvo as crianças em idade escolar de Londrina, para que aprendam sobre a história do ensino no município. Candotti, que também é doutoranda em Educação pela UEL, contou que o prédio original da Escola Rural Municipal Urandy Andrade Correia se localizava em uma propriedade familiar, e seus donos concordaram em ceder os materiais que a constituíam para o Município. “Enviamos o engenheiro da Secretaria de Educação até lá, e ele tirou muitas fotos da escola e elaborou uma planta detalhada da construção. Em seguida, nós fomos ao local e numeramos tábua por tábua para garantir que, quando a escola for remontada, ela ficará exatamente como era no passado”, salientou.
Histórico – Tendo sido iniciado em 2018, o projeto do MEL partiu de uma iniciativa dos docentes Sandra Regina Oliveira e Tony Honorato, assim como servidores da Secretaria Municipal de Educação envolvidos em pesquisas históricas no arquivo do órgão. No total, o acervo da SME é composto por cerca de 1.300 caixas de documentos.
(Com texto, informações e FOTOS do N.COM/Prefeitura de Londrina).