Neab e Cuia representam a UEL no maior evento de educação do Sul do País
Neab e Cuia representam a UEL no maior evento de educação do Sul do País
O Londrina Mais 2022 reúne, em sua 5ª edição, setores da Universidade para a divulgação de serviços oferecidos à comunidade acadêmica.A UEL participa do maior evento de educação do Sul do País, realizado em Londrina pela Secretaria Municipal de Educação entre os dias 20 e 22 de outubro. Docentes e servidores ligados ao Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab) e à Comissão Universidade para os Indígenas (Cuia), além do Programa de Apoio à Permanência (Prope), participam do Londrina Mais 2022 com objetivo de divulgar as produções e serviços destes setores, assim como interagir com os alunos das escolas que visitam os estandes. A Feira Londrina Mais 2022 chega à sua 5ª edição esperando receber, ao todo, cerca de seis mil professores e cinco mil alunos.
Coordenadora do Neab, a professora do Departamento de Educação Marleide Perrude conta que a participação tem sido muito importante e positiva, uma vez que dialoga com o tema desta edição: “Gente”. O estande da UEL traz banners, publicações e obras de arte que evidenciam a cultura e a literatura afro-brasileira, conforme preconizam as leis nº 10.639/03 e nº 11.645/08. “Ela estabelece as diretrizes e bases da educação nacional e garante a inclusão da temática ‘História e Cultura Afro-Brasileira’. Mais tarde, em 2008, houve a revisão da lei e a inclusão da cultura indígena”, lembra a professora.
A participação do Neab também faz alusão à Década Internacional de Afrodescendentes 2015 – 2024, proclamada em 2013 na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). “Reconhecimento, justiça e desenvolvimento. Ao declarar esta década, a comunidade internacional reconhece que os povos afrodescendentes representam um grupo distinto cujos direitos humanos precisaram ser promovidos e protegidos”, diz a resolução 68/237, responsável por estabelecer ações afirmativas.
Também estão presentes no estande da universidade, a professora do Departamento de Educação Eloá Soares Dutra Kastelic, que representa a Cuia, e a gestora de Promoção da Igualdade Racial do município de Londrina, Maria de Fátima Beraldo. Integrantes da Articulação dos Estudantes Indígenas da UEL (Artein) também estão realizando interações com os participantes e a pintura indígena na pele.
“Desenvolvemos estas ações junto com o Grupo de Trabalho (GT), que conta com o Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial, o Ministério Público, além de outras entidades”, completa a professora Marleide Perrude.
A participação da UEL no evento ocorre próxima do Mês da Consciência Negra, em novembro, e enquanto avançam as ações da campanha “UEL na Luta Contra o Racismo”. A cerimônia de pré-lançamento da campanha foi realizada na noite desta terça (18).
Feira
A programação da Feira Londrina Mais 2022 conta com 23 palestras. O tema “Gente”, segundo a secretária de Educação, Maria Tereza Paschoal de Moraes, busca “entender a perspectiva da escola no pós-pandemia, focando nas dificuldades e desafios que temos encontrado, bem como em inteligência emocional”. Para a secretária, “este é um momento para, olhando para as pessoas, ver como elas estão e tentar entender o que podemos fazer para ajudá-las ainda mais”.
Dentre os palestrantes confirmados, estão três professores da UEL: a docente do Departamento de Educação (Ceca) Sandra Regina Pereira de Oliveira, o professor do Departamento de Clínica Médica Marcos Cabrera (CCS) e Gisele Franco, docente do Departamento de Estudos do Movimento Humano (Cefe)
“Princesas Negras”
Quem também vem “roubando” a atenção dos estudantes é a personagem vivida pela professora Almerita de Paula, inspirada no livro “Princesas Negras”, das autoras Ariane Celestino Meireles e Edileuza Penha de Souza. Egressa do curso de Pedagogia da UEL e ex-aluna da professora Marleide Perrude, a professora vem conversando com os alunos, buscando despertar, através da contação de histórias, o reconhecimentos das suas próprias potencialidades.
“É um orgulho. Ela arrasou com a contação de histórias e toda a questão da representatividade negra. Parece algo simples, mas tem uma relevância muito grande para as crianças, principalmente para as meninas, em se verem representadas também como princesas”, afirma a docente da UEL.