Exposição de fotografias, jogos africanos e mais: NEAB apresenta atividades na 13ª Feira das Profissões
Exposição de fotografias, jogos africanos e mais: NEAB apresenta atividades na 13ª Feira das Profissões
Ao longo do dia, o espaço esteve aberto para receber visitantes, com uma programação voltada à valorização da identidade negra, à divulgação dos projetos vinculados ao NEAB e as ações.“É um espaço de referência. É importante para os visitantes saberem, que tem um espaço na Universidade, um núcleo que estuda as questões raciais, que trata da identidade, do fortalecimento da população negra e que faz o debate sobre as questões políticas e pedagógicas que envolvem a questão racial”. A fala da coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB), a professora Marleide Perrude, marcou a participação do Núcleo na 13ª Feira das Profissões da UEL, realizada no dia 1º de julho.
Ao longo do dia, o espaço esteve aberto para receber estudantes, professores e visitantes, com uma programação voltada à valorização da identidade negra, à divulgação dos projetos vinculados ao NEAB e as ações desenvolvidas pelo Núcleo.
Do lado externo da casa, estudantes do primeiro ano de Pedagogia, sob a supervisão da professora Eloá Kastelic, apresentaram dois jogos africanos: a amarelinha africana e o terra-mar. “As meninas ficaram superanimadas. Disseram que irão participar até o último momento, até a época da formatura delas, pois adoraram participar da feira”, contou a professora.

No interior da casa, os visitantes puderam conhecer um pouco mais da história do Núcleo e do projeto de extensão “Território em Voz”, por meio de uma exposição de fotografias. De acordo com Luiz Otávio Marques, bolsista do projeto, “nas fotos estão expostas a gravação do podcast, as visitas e rodas de conversa que foram realizadas dentro dos terreiros.”

Na Biblioteca Lélia Gonzalez, localizada no interior do NEAB, houve uma exposição de literatura afro-brasileira. Em destaque, foram apresentados quatro livros produzidos no Núcleo, além de obras relacionadas ao projeto de extensão “Tecendo Redes Formativas”, o qual atua na formação de professores, com o objetivo de promover a educação étnico-racial e ampliar o repertório, no intuito de trabalhar com os alunos de forma mais ampla e com mais propriedade.
O projeto também apresentou materiais didáticos, como jogos, brincadeiras de tabuleiro e de cartas utilizados em suas formações.
Os visitantes também puderam conhecer os projetos do NEAB, como o desenvolvido pelo professor Jefferson Olivatto, voltado à formação de professores da educação infantil. “O nosso projeto se baseia num curso oferecido de forma online para professores de creches municipais de regiões com baixo IDH, próximos de Londrina, da bacia do rio Tibagi. A gente ensina os professores como trabalhar com questões étnico-raciais para alunos de creche municipal, a partir de contação de histórias”, explicou Danilo Mulari, bolsista do projeto. A proposta, intitulada “Sustentabilidade e Contação de Histórias”, utiliza narrativas como “O Pequeno Príncipe Preto” e atividades com materiais recicláveis, como bonecas e jogos da memória, para ajudar os educadores a abordarem a temática de forma lúdica e afetiva.
Além disso, foram realizadas outras duas atividades interativas: “Mapeie seu território” e “Rede de afeto”. “No mapa do território, os alunos colocam o nome de uma pessoa que tem um conhecimento ancestral. Por exemplo, alguém que faz um chá que cura gripe. Essas pessoas não têm diploma, mas possuem um saber que vai além da formação formal e que auxilia suas famílias, bairros e comunidades. Já a rede de afeto foi um espaço para cada visitante escrever uma palavra de acolhimento para outros alunos negros ou para si mesmo”, explicou Nathalia Araujo, estudante do curso de Ciências Sociais e responsável pela dinâmica.
(Texto produzido pela estudante Sara Beatriz, estagiária de jornalismo do NEAB, sob a supervisão do professor Fabio Silveira, do Departamento de Comunicação).