Fórum Permanente das Licenciaturas debate mudanças nas diretrizes curriculares
Fórum Permanente das Licenciaturas debate mudanças nas diretrizes curriculares
O evento, em formato de mesa-redonda, reúne sete professores – da UEL para discutir formas de oposição ao projeto, que, em vigor há dois anos, altera substancialmente a formação dos professores e o currículo do ensino básico e superior.O Fórum Permanente das Licenciaturas (FOPE) debate, nesta sexta-feira (30), a resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE) nº 02/2019. O evento, em formato de mesa-redonda, reúne sete professores – da UEL, da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO) e da rede pública – para discutir formas de posição ao projeto, que, em vigor há dois anos, altera substancialmente a formação dos professores e o currículo do ensino básico e superior.
A resolução CNE 02/2019 define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação de
professores do Ensino Básico e institui a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica (BNC-Formação). Segundo os membros do FOPE Londrina, as novas diretrizes forçam a formação de professores “generalistas”, deixando de privilegiar áreas específicas na construção do conhecimento.
Segundo um dos membros do Fórum, o professor do Departamento de História, José Miguel Arias Neto, o encontro tem o objetivo de debater a formação do professor nos cursos de licenciatura. “A intenção, com as novas diretrizes, é formar um professor que tenha uma boa formação pedagógica, mas seja ‘generalista’, sem um conhecimento aprofundado e específico sobre uma área”. Arias Neto diz que já existe um movimento de união entre os professores de diversas áreas do ensino, com o objetivo de se contrapor às mudanças na lei. “Estamos em contato, na área da História, com a Associação Nacional de História do Paraná (ANPUH-PR). Tudo isso se relaciona com as políticas de contingenciamento, neoliberais, vindas do Estado e em nível Federal. O intuito é conseguir uma formação mais precária, com uma precarização do ensino público”, expõe.
Movimento articulado – O professor lembra, também, que as recentes mudanças na lei se relacionam com outras, empreendidas nacionalmente, pelo avanço de um programa “neoliberal e autoritário”. Os debates sobre as alterações nos livros didáticos – no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) – também são fruto desse avanço.
As inscrições para o debate são gratuitas. A transmissão será feita pelo Canal do Colegiado de História no YouTube.