Londrina ganhará Banco de Resíduos Têxteis nesta terça-feira (7)

Londrina ganhará Banco de Resíduos Têxteis nesta terça-feira (7)

Evento vai reunir estilistas Ronaldo Fraga e Dudu Bertholini, no Centro de Eventos do Aurora Shopping, às 19h.

Pesquisadores do Departamento de Design, do Centro de Educação, Comunicação e Artes (Ceca), apresentam oficialmente nesta terça-feira (7) o Banco de Resíduos Têxteis (BRT), que pretende dar destinação correta para mais de 8 mil toneladas de resíduos provenientes de tecidos descartados anualmente no aterro sanitário de Londrina. O BRT será lançado durante o evento “Histórias de Moda, Arte, Cultura e Comportamento”, que traz a Londrina os renomados estilistas Ronaldo Fraga e Dudu Bertholini, nesta terça, a partir das 19 horas, no Centro de Eventos do Aurora Shopping.

A iniciativa é do grupo Design, Sustentabilidade e Inovação (DeSIn), liderado pelos pesquisadores Suzana Barreto Martins e Claudio Pereira de Sampaio, do Departamento de Design, em parceria com a cooperativa de materiais recicláveis Cooper Região e o Núcleo Interdisciplinar de Estudos em Resíduos (NINTER) da UEL. O grupo tem apoio da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e Sindicato Intermunicipal das Indústrias do Vestuário do Paraná (Sivepar).

Sustentabilidade

O Banco de Resíduos Têxteis (BRT) é um sistema de logística reversa de resíduos têxteis pós-consumo (roupas) e pós-industriais com objetivo de minimizar os impactos ambientais no aterro de Londrina. Segundo Suzana Barreto Martins, o BRT é resultado de mais de 10 anos de estudos dentro do projeto de pesquisa “Logística Reversa de Resíduos Têxteis Industriais e Pós Consumo: design aplicado a sistemas e serviços sustentáveis e modelos de negócios”.

A professora ressalta que o BRT representa um modelo de negócio socioambiental que atua nas três dimensões da sustentabilidade: a ambiental (redução dos impactos ambientais); social (geração de trabalho e renda para cooperados) e econômica (modelo de negócio e economia circular), passível de ser replicado em outras cidades e contextos brasileiros. Ela explica que o BRT de Londrina funcionará a partir da operação de uma máquina desfibradeira que tem a função de processar os resíduos têxteis, permitindo sua reinserção em novas cadeias de valor e que serão também transformados em novos produtos de design e aplicações em outros segmentos, como indústria moveleira, construção civil, design de interiores etc.

O equipamento deverá permanecer na Cooper Região, Vila Marizia. Segundo a pesquisadora, o investimento é de cerca de R$ 60 mil, oriundos de um edital da FIEP, com a participação de empresas do setor de confecção da região, parceiras do projeto – GMTex, NKF Confecções, Sonhart, ViaGraft Confecções, Karilu Indústria e Comércio, Cris Jeans, Danithais Indústria e Comércio e Schiavon & Morais.

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