O Núcleo de Documentação e Pesquisa Histórica (NDPH), o Museu Histórico Padre Carlos Weiss e o jornal Folha de Londrina assinaram, nesta sexta-feira (24), um inédito contrato tripartite para preservação do acervo do periódico, ao mesmo tempo em que, digitalizado, ficará à disposição de pesquisadores e outros interessados na história do jornal e de toda a região.

A UEL recebeu mais de sete décadas de edições publicadas (desde 1948), além de fotografias reveladas, negativos, recortes usados como arquivo e consulta, entre outros materiais. A assinatura do contrato foi precedida pelo pré-lançamento do projeto “Sarau às Quintas”, coordenado pela professora Sílvia Cristina Martins de Souza do (Departamento de História), que apresentou e comentou músicas das coleções discográficas do NDPH, como uma de Chiquinha Gonzaga (1847-1935). Os saraus serão realizados uma vez por mês.

Após a assinatura do contrato, os participantes puderam conhecer o funcionamento do scanner, com uma demonstração do processo de digitalização. A reitora da UEL, professora Marta Favaro, considerou um dia histórico e comemorou a “guarda compartilhada” do acervo, que será publicizado. Ela destacou a inciativa da instituição em aproximar todos os setores que detêm parte da memória e da História da Universidade, às vezes escondida. “É a primeira de muitas ações”, anunciou.

O diretor do Núcleo, professor José Miguel Arias Neto (Departamento de História) lembrou do início do processo de digitalização do jornal, no Museu Histórico de Londrina, depois assumido pelo NDPH. “Uma combinação de esforços num projeto único”, resumiu. Ele destaca que com o scanner planetário de novo em funcionamento, é possível otimizar o gerenciamento do acervo e abrindo caminho para novos futuros.

A diretora do Museu, professora Edmeia Ribeiro também considerou a ação e um dia históricos. Ela, que contou ter sido frequentadora assídua do NDPH durante seu Doutorado, comemorou o contrato. Ela anunciou ainda melhorias na plataforma Pergamo, onde está hospedado o acervo da Folha já digitalizado e outros documentos.

Já a professora Laura Brandini (Departamento de História), diretora do Centro de Letras e Ciências Humanas, destacou que o jornal é o registro tanto dos grandes fatos quanto do cotidiano. Especialmente a Folha de Londrina, protagonista da História de Londrina e região. Ao mesmo tempo, ela enfatiza, NDPH e Museu reafirmam sua essência de espaço de memória, onde se pode viver outras vidas. Bom para pesquisadores, estudantes e público em geral.

O diretor administrativo da Folha, José Nicolas Murta Mejia, comentou que já existia a preocupação em preservar e disponibilizar o acervo, transformando-o em fonte de pesquisa, democratizando a informação. Ele vê a parceria como uma oportunidade de guardar o que passou e construir o que ainda vai passar. Para a Chefe de Redação da Folha, Adriana de Cunto, são anos da História do jornal e de Londrina, agora preservados pela UEL que, segundo ela, é comprometida em guardar e garantir o acesso ao acervo para o público.