Paraná Faz Ciência representa a vitrine da inovação produzida no estado

Paraná Faz Ciência representa a vitrine da inovação produzida no estado

Cerimônia de abertura reuniu autoridades, representantes de universidades, estudantes, professores e demais convidados na noite de segunda (6).

Autoridades, representantes de universidades, estudantes, professores e convidados participaram, nesta segunda-feira (6), da cerimônia de abertura da Semana Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – Paraná Faz Ciência 2023, realizada no Cine Teatro Ouro Verde. A semana prossegue até sexta-feira (10), no Campus da UEL, com previsão de receber aproximadamente 30 mil pessoas, em 66 espaços reservados a visitas técnicas, incluindo estudantes de Ensino Médio e Técnico de escolas públicas e particulares da região.

Cerca de três mil estudantes e pesquisadores deverão apresentar mais de 1,5 mil trabalhos científicos. Durante os próximos dias, os participantes também farão apresentação de 241 projetos acadêmicos inscritos na mostra interativa. A feira prevê ainda 121 oficinas e dez eventos distintos acontecendo simultaneamente.

Uma megaestrutura foi montada no Centro de Ciências Biológicas (CCB) para abrigar estandes das 16 instituições parceiras (de universidades estaduais e institutos federais a órgãos de pesquisa e de instituições municipais), além de empresas e entidades que participam da feira para demonstrar os serviços e tecnologias desenvolvidos. O horário de visitação é das 8h às 18h, sem interrupção, nos dias 7, 8 e 9 de novembro, dentro da Mostra Interativa. O Paraná Faz Ciência 2023 é uma iniciativa da Secretaria Estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), em parceria com a Fundação Araucária, Secretaria Estadual de Modernização, Transformação e Inovação (SEI) e a Universidade Estadual de Londrina.

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Para o secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti), Aldo Nelson Bona, o evento representa uma vitrine da ciência do estado. Segundo ele, no Brasil, 90% da ciência produzida é de autoria das universidades, sendo que o Paraná proporcionalmente é o estado que mais investe no setor, com as sete Instituições Estaduais de Ensino Superior (IEES).  O Paraná investe, hoje, R$ 2,7 bilhões nas universidades e mantém uma dotação orçamentária de R$ 490 milhões em projetos de inovação e desenvolvimento tecnológico.

Para o secretário, esses recursos possibilitam o desenvolvimento de todas as regiões do estado. “Hoje, direcionamos projetos para solução de problemas vividos por todos os setores da sociedade”, afirmou.

Ageuni

Durante a abertura do evento, o secretário formalizou a autorização para liberação de recursos da ordem de R$ 28,9 milhões para 67 projetos de Pesquisa e Desenvolvimento, que serão desenvolvidos nas universidades estaduais dentro do programa Agência de Desenvolvimento Regional Sustentável e de Inovação (Ageuni).

Os projetos irão beneficiar 28 cidades da Região Metropolitana de Curitiba e de outras regiões, como Campos Gerais, Centro-Oeste, Centro-Sul, Litoral, Noroeste, Norte, Norte Pioneiro, Oeste, Sudoeste, Sul e Vale do Ivaí. As propostas aprovadas estão distribuídas em áreas consideradas prioritárias: 30 projetos de agricultura e agronegócio; 12 de economia, educação e sociedade; 11 projetos de biotecnologia e saúde; dez projetos de energias renováveis; e quatro projetos relacionados a cidades inteligentes.

A reitora da UEL, Marta Favaro, frisou que a ciência do Paraná está intimamente ligada às IEES, em uma ação transversal que une estudantes, professores e agentes universitários. Segundo ela, essa ciência tem capacidade de transformar a vida das pessoas por meio de novas tecnologias, serviços e inovação. Marta destacou que o processo de produção científica é uma construção coletiva, uma muralha que afasta o obscurantismo.

“É isso que vai fazer a diferença na vida das pessoas. É vida, força, ciência, potência, transformação”.

Marta Favaro, reitora da UEL.

O presidente da Agência Araucária, Ramiro Wahrhaftig, lembrou que o sistema paranaense de ciência e tecnologia, embora robusto, é bastante novo. O fomento para a área completou 40 anos em 2023. A Secretaria de Ciência e Tecnologia foi criada em 1987, sendo que a Agência Araucária ganhou vida um ano depois. Wahrhaftig elogiou a iniciativa do governo do estado em aplicar integralmente 2% da receita tributária do Estado em ciência e inovação.

A nova regulamentação do Fundo Paraná, aprovada por meio da Lei nº 21.354/2023, restabeleceu os percentuais de aplicação do orçamento, ampliando o investimento no segmento científico para R$ 411,7 milhões este ano, um incremento de 325% em relação ao ano passado, quando estavam previstos, inicialmente, R$ 96,7 milhões na Lei Orçamentária Anual (LOA).

Propriedade intelectual

A Seti entregou oficialmente no evento os certificados para os cinco finalistas do Programa de Propriedade Intelectual com Foco no Mercado (Prime) – Edição 2023. Os contemplados também receberam, simbolicamente, um cheque no valor de R$ 200 mil que deverão ser aplicados no desenvolvimento de soluções inovadoras. O Prime tem como objetivo transformar o resultado de pesquisas em novos negócios, produtos e serviços para o mercado, em benefício da sociedade, fomentando a inovação e a propriedade.

Receberam os certificados a professora Sonia Maria Fabris Luiz, do Departamento de Fisioterapia (CCS), criadora de uma válvula em impressora 3D para auxiliar na reabilitação da função respiratória de pacientes de diferentes idades; o estudante do curso de Química da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Rogério dos Santos Maniezzo, autor de um projeto chamado HydroButts, que propõe a remoção de poluentes em resíduos industriais líquidos, por meio de hidrocarvões produzidos a partir do beneficiamento de bitucas de cigarro.

Outros ganhadores foram o professor Murilo Pereira Moisés, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) em Apucarana, que propôs um tratamento de resíduos industriais gerados no processo de galvanização, método que aplica uma camada protetora em superfície metálica para aumentar a durabilidade e a resistência do material à corrosão; a professora Silviane Aparecida Tibola, da UTFPR de Dois Vizinhos, autora do projeto Queijos Cumbuca, que consiste em um dispositivo para moldar queijos em forma de recipiente para adição de outros alimentos; e, por fim, o pós-doutorado Bruno Leandro Pereira, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica da Pontifícia Universidade Católica (PUC-PR), em Curitiba, que desenvolveu um implante veterinário de baixo custo, que pode ser absorvido pelo organismo, descartando a remoção cirúrgica.

Autoridades

Participaram da cerimônia de abertura a diretora de Popularização da Ciência, Tecnologia e Educação Científica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Juana Nunes; o presidente do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), Alex Canziani; o coordenador de Relações Institucionais da Secretaria de Estado da Inovação, Modernização e Transformação Digital (SEI), Marcus Friedrich Von Borstel; o reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Miguel Sanches Neto, presidente da Associação Paranaense das Instituições de Ensino Superior Público (Apiesp); o diretor de Ciência e Tecnologia da Seti, Marcos Aurélio Pelegrina; e o diretor de Ensino Superior da Seti, Osmar Ambrósio de Souza.

Representado as universidades, estiveram presentes o reitor Leandro Vanalli, da Universidade Estadual de Maringá (UEM); Alexandre Webber, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste); Fábio Hernandes, da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro); Rose Darc, pró-reitora de Extensão e Cultura da Universidade Estadual do Paraná (Unespar); Fábio Neia, reitor da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP); Marcos Flávio de Oliveira Schiefler Filho, reitor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR); Ricardo Marcelo Fonseca, da Universidade Federal do Paraná (UFPR); e Diana Araujo Oereira, da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila). Também participaram Kátia Socorro Bertolazi, diretora de Ensino, Pesquisa e Extensão do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná (IFPR), Campus de Londrina; e Nádina Aparecida Moreno, Diretora da PUC-PR, Campus Londrina.

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