Professor lança livro resgatando História, cultura e mitologia de Nápoles

Professor lança livro resgatando História, cultura e mitologia de Nápoles

"Assim Falou Neápolis” é resultado de projeto que resgata a História de Nápoles, a terceira maior cidade italiana

O professor do Departamento de História, Gabriel Giannattasio, lança no próximo dia 10 o livro “Assim Falou Neápolis: a última esperança da raça humana”, resultado de um projeto de pesquisa que resgata a história de Nápoles, a terceira maior cidade italiana, reconhecida pela arquitetura, cercada por montanhas e anexa ao Monte Vesúvio. O lançamento será no Sesc Cadeião, na Rua Sergipe (Centro), a partir das 19h30, durante sessão de autógrafos. O exemplar custará R$ 60,00 (valor promocional de lançamento). Contatos com o autor podem ser feitos pelo e-mail giannattasio@uel.br.

O livro será lançado em duas versões português e italiano, com 200 páginas, pela Editora Casa Editrice, de Londrina. A obra tem duas capas com as versões nos dois idiomas. Segundo o autor, o livro será lançado em Nápoles no próximo mês, em data ainda a ser definida.

Este é o 11º livro do professor Gabriel, o primeiro que funde Literatura com características acadêmicas. Para reconstituir a História de Nápoles (terra de seus antepassados), ele passou quatro meses pesquisando e visitando lugares marcantes da cidade como museus, ruínas e monumentos históricos. Uma curiosidade é que a tradução em italiano foi feita por ele mesmo, com revisão da professora Vanessa Christina Araújo, do Departamento de Letras Estrangeiras Modernas da UEL.

Ele explica que o resgate histórico foi feito a partir do que ele define de mitos fundadores. O povoado que deu origem a Nápoles se chamava Partenope.  Segundo o poema épico A Odisseia, na Guerra de Troia Ulisses se perde e acaba indo parar na costa do mar de Tirreno.

Ao saber que passaria por um local onde haveria sereias, ele e a tripulação tomaram providências para não cederem aos encantos, temendo ser dizimados. Ulisses pede para ser amarrado no mastro. Os marinheiros usaram cera no ouvido para não ouvirem o canto das sereias. Entre as beldades, uma se chamava Partenope, que, ao não seduzir Ulisses, acaba se matando. Seu corpo foi encontrado posteriormente onde seria Nápoles, ao sul da Itália, voltada para o mar de Reno.

No livro, Gabriel sustenta a narrativa, considerando que o mito grava na memória da população ensinamentos profundos da cultura e uma compreensão, influenciando hábitos, costumes e a culinária. “Chamou a atenção que Nápoles se desenvolveu como sociedade tolerante, uma espécie de cultura exemplar”, explica. Daí vem o subtítulo “a última esperança da raça humana”.

Em Londrina, o lançamento ocorre juntamente com a exposição sobre os 150 anos da imigração italiana no Brasil, no SESC, que reúne quadros, utensílios, objetos, fotos e documentos. Os italianos representaram a segunda maior colônia presente na fundação de Londrina, na década de 30 do século passado. A mostra prossegue até dia 15, uma iniciativa da Associação I Bravissimi.

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