Bolsistas do programa de extensão da Itaipu Binacional recebem computadores para execução dos projetos
Bolsistas do programa de extensão da Itaipu Binacional recebem computadores para execução dos projetos
Da Universidade Estadual de Londrina, onze projetos de extensão foram selecionados e também receberam os equipamentos, em cerimônia realizada em Foz do Iguaçu.A Itaipu Binacional e o Itaipu Parquetec cumpriram uma importante etapa do Programa de Extensão para a Sustentabilidade Territorial nesta segunda-feira (18), com a entrega de 560 computadores para os projetos selecionados. A iniciativa contempla 16 universidades que irão receber um total de R$ 25,3 milhões ao longo dos próximos 20 meses, contribuindo com o desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação de 60 municípios no Paraná e no Mato Grosso do Sul. Da Universidade Estadual de Londrina, onze projetos de extensão foram selecionados e também receberam os equipamentos, em cerimônia realizada em Foz do Iguaçu. O evento contou com a presença da reitora, Marta Favaro, da pró-reitora de Extensão, Cultura e Sociedade da UEL (Proex), Zilda Andrade, e alunos e professores bolsistas das instituições participantes. Confira ao final da reportagem a lista de projetos contemplados.
O Programa de Extensão para a Sustentabilidade Territorial selecionou 208 projetos que contam com 965 bolsistas, entre alunos e professores. Cada projeto receberá, em média, R$ 83 mil para o apoio às ações, que devem possuir aderência aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas.
O evento desta segunda contou, ainda, com uma palestra do climatologista Carlos Nobre sobre a “Emergência Climática e os desafios para a humanidade”, em que abordou alguns dos principais dados que apontam como a ação humana tem alterado o clima do planeta e colocado em risco sua própria sobrevivência.
O diretor de Coordenação da Itaipu, Carlos Carboni, destacou que as ações do programa de extensão vão impactar diretamente áreas como educação ambiental; gestão de bacias hidrográficas; agricultura familiar e agroecologia; energias renováveis; plantas medicinais; piscicultura; gestão de resíduos; comunidades indígenas e quilombolas; entre outras.
“O alcance desse projeto é imensurável. São quase mil bolsistas contemplados, cujos trabalhos vão reverberar em outras pesquisas e contribuir para diversos campos da ciência”, afirmou Carboni. “O conhecimento científico e a crença na ciência são ainda mais fundamentais diante dos desafios que enfrentamos no planeta”. Além das já citadas, as instituições de ensino superior presentes foram: Universidade Estadual do Oeste (Unioeste); Universidade Federal Tecnológica do Paraná (UTFPR); Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS); Universidade Estadual do Paraná (Unespar); Universidade Estadual de Maringá (UEM); Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro); Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila); Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (Uems); Instituto Federal do Paraná (IFPR); Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG); Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS); e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Mato Grosso do Sul (IFMS).
Confira e lista de projetos da UEL aprovados no programa
A cultura tradicional afro-brasileira e indígena e a produção do conhecimento escolar: a Ludoteca da UEL e a produção e disseminação de jogos e tabuleiros com material reciclado e biodegradável; |
Águas do Ema: preservando o futuro sustentável do ribeirão e comunidade; |
Atenção Domiciliar: higiene bucal de pacientes acamados dependentes; |
Geração de renda por meio do processamento de produtos agropecuários da agricultura familiar; |
Guardiões das Abelhas: Educando para Preservar; |
Jogos de Tabuleiro e Educação Ambiental (Oficina do Jogo Presencial e Virtual: Atividades para Comunidade Externa e Produção de Vídeos Didáticos para Internet); |
Mitigação dos efeitos negativos do aquecimento global na sericicultura; |
Projeto 3S – Sensibilização e Separação Seletiva em Condomínios Residenciais de Londrina; |
Sustentabilidade e a contação de histórias afro-brasileiras, africanas e indígenas; |
Tecendo saberes e construindo novas práticas sustentáveis e lúdicas na infância; |
Territórios em Voz: racismo ambiental em debate. |
A palestra
O evento encerrou com a palestra do climatologista Carlos Nobre, um dos mais renomados cientistas brasileiros. Ele apresentou uma série de dados que mostram como a temperatura global tem quebrado recordes sucessivos e, com isso, a intensidade e a frequência de tempestades, secas, ondas de calor, furacões e outros fenômenos climáticos têm aumentado, com impactos na saúde humana, na produção de alimentos, na infraestrutura das cidades, entre outras consequências.
Ele também alertou para os “tipping points” (pontos de não retorno) do planeta, tais como alterações em correntes marinhas, a perda do gelo ártico no verão e a morte de corais. “É urgente a necessidade de adaptação, principalmente nas cidades, e também a proteção de ecossistemas que são vitais para a regulação do clima, como a Amazônia”, defendeu.
(Com informações da Assessoria de Comunicação da Itaipu Binacional).