Paraná Mais Orgânico certifica produtores da agricultura familiar de Londrina e região
Paraná Mais Orgânico certifica produtores da agricultura familiar de Londrina e região
Em parceria com Governo do Estado, o projeto atende cerca de 123 famílias de Londrina e regiãoFruto de uma parceria do Governo do Estado com universidades estaduais e o Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR), o Paraná Mais Orgânico tem como principal objetivo viabilizar a certificação de agricultores familiares e de produção orgânica. O projeto visa contribuir para a meta prevista na lei nº 16.751 de 2010, que estabelece que 100% da merenda escolar deve ser oriunda de produção orgânica e livre de agrotóxicos.
O projeto conta com a coordenação do professor Maurício Ursi Ventura e possui cinco profissionais técnicos das áreas de agronomia, biologia e agroecologia, uma bolsista de graduação e cinco estagiários, além de três pesquisadores de mestrado e doutorado. Apesar de não possuir vagas para bolsas no momento, o projeto está aberto a estudantes de todos os campos de graduação que tenham interesse em participar.
Victor Hugo Caetano Silveira, é técnico do núcleo de certificação e participa do programa desde 2016, quando ingressou no curso de agronomia, e explica como famílias podem fazer parte do projeto: “primeiramente, é necessário que elas atendam às exigências para se enquadrar dentro do que o governo considera como agricultura familiar. Com isso, eles podem ter em mãos um documento chamado CAF (Cadastro Nacional da Agricultura Familiar). A partir disso, a família está apta para ser atendida pelo programa e então pode buscar o núcleo mais próximo da sua região”, esclarece Victor.
Além disso, o agrônomo explica como essas famílias são beneficiadas pelo projeto, como na melhora na saúde e qualidade de vida, subsídio da certificação e retorno financeiro. “Os benefícios para os agricultores são muitos, a família deixa de trabalhar com agrotóxicos, ou seja, deixam de se intoxicar e de intoxicar suas terras. O governo do estado, por meio do programa, subsidia a certificação de produção orgânica para a agricultura familiar e além disso, os agricultores podem ter a segurança que seus produtos serão comercializados através do PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) com um acréscimo de 30% no valor do produto quando comparado aos produtos de sistemas convencionais”.
A produtora agrícola Claudia Fernanda Feltrin Barbosa, está em processo de acompanhamento para certificação desde março de 2024 e conta como é realizado o acompanhamento: “a partir do primeiro dia, eles fizeram a visita e já me orientaram para fazer as barreiras, a não queimar lixo e desde então. Assim que eles têm disponibilidade, eles vêm ver como está a área”, conta Cláudia. A produtora mora no assentamento Eli Vive há 15 anos e atualmente produz os alimentos com seus dois filhos.

Victor também ressalta a importância da certificação para a população em geral, em especial crianças e adolescentes, que consomem a merenda escolar com produtos naturais e livres de agrotóxicos. “Chamo atenção para o fato do estado priorizar a aquisição de produtos orgânicos para a merenda escolar, o que reflete em um maior cuidado para com as crianças, que irão ingerir cada vez menos produtos contaminados e cada vez mais ricos em nutrientes, sendo benéfico para o seu desenvolvimento” destaca Victor.


(*Estagiária na Coordenadoria de Comunicação Social).