Universidade conclui primeira etapa de desocupação interna de prédio do futuro Centro de Inovação
Universidade conclui primeira etapa de desocupação interna de prédio do futuro Centro de Inovação
Procedimento seguiu modelo definido pela Procuradoria Geral do Estado (PGE), já adotado por outras autarquias paranaenses.A UEL, por meio da Pró-reitoria de Administração e Finanças (PROAF), concluiu no mês passado a retirada dos primeiros lotes de bens inservíveis ou desnecessários que ocupavam a área interna do novo Centro de Desenvolvimento e Inovação da Universidade, que será construído no prédio da antiga Equipe Atacadista (Centro Administrativo Reynaldo Ramon), na margem da PR-445. Os equipamentos foram divididos em 14 lotes e doados a uma entidade do terceiro setor habilitada por meio de Chamamento Público. O procedimento de seleção pública seguiu modelo definido pela Procuradoria Geral do Estado (PGE), já adotado por outras autarquias paranaenses para doação de itens considerados inservíveis.
A retirada destes primeiros lotes exigiu uma grande operação de logística, incluindo maquinário pesado, carretas e contêineres. Os equipamentos seguiram para reaproveitamento e reciclagem, dentro do conceito de logística reversa, processo que envolve controle do fluxo de materiais e resíduos do ponto de origem ao descarte adequado. Os lotes incluíram mobiliário, eletrônicos, equipamentos de laboratório, componentes de informática e materiais inservíveis também do Hospital Universitário (HU).
A partir de agora a UEL prepara o segundo edital que deverá ser publicado no segundo semestre deste ano, após deliberação do Conselho de Administração (CA) da UEL. O novo certame oferecerá 17 lotes para organizações sem fins lucrativos que atuam para fins de interesse público. A expectativa é de que o espaço interno do prédio seja desocupado antes do final do ano, para início das intervenções necessárias para construção do futuro Centro de Desenvolvimento e Inovação.
O projeto arquitetônico foi apresentado no mês passado e leva a assinatura do escritório Spagnuolo & Biagi Arquitetura e Planejamento. O Centro de Desenvolvimento e Inovação integra o Parque Tecnológico de Londrina, anunciado pelo governo do Paraná em março desse ano, e representa um hub de inovação integrado à estrutura acadêmica da UEL. O parque reunirá a Agência de Inovação Tecnológica (Aintec), o Centro de Inovação Tecnológica (CIT), que está sendo construído anexo à Aintec, no Campus, e o Centro de Desenvolvimento e Inovação (batizado inicialmente de UEL TECH) e que será edificado no prédio da equipe. O projeto completo tem investimento previsto de R$ 50 milhões, com a participação do governo do Estado e da A. Yoshii Engenharia.

Processo – o edital de chamamento público foi preparado pela equipe da Diretoria Administrativa da PROAF, com apoio da Procuradoria Jurídica (PJU). O Pró-reitor de Administração e Finanças, professor Azenil Staviski, explica que a partir de agora serão adotados novos procedimentos em todas as unidades da Universidade para o descarte de itens (mobiliário e equipamentos) à medida que são substituídos. O objetivo é evitar o acúmulo de material. À medida em que um setor desfaz de um equipamento ou móvel, ele será oferecido para outros locais, para reaproveitamento.
A Procuradora Jurídica da UEL, professora Tânia Lobo Muniz, destaca que o chamamento público, modalidade utilizada para retirada e doação dos bens inservíveis do prédio do Centro de Inovação, atendeu todos os princípios do interesse público, considerando sobretudo eficiência e custo-benefício. Ela explica que a legislação amparou todo o processo e que a necessidade era de uma solução rápida e de baixo custo. “Não é só a questão da economicidade, precisávamos de celeridade e ainda considerar a necessidade ambiental e social”, comenta ela.
Todo o procedimento foi preparado pela Diretoria Administrativa da PROAF, contando com respaldo da Procuradoria Jurídica. O estudo e planejamento envolveu diretamente a diretora, Maria Cláudia Rodriguez Correia e o advogado da PJU, Vinícius de Melo Silva que se debruçaram no detalhamento do processo e divisão dos lotes. O trabalho só foi possível a partir da organização feita pelos servidores da Divisão de Fiscalização de Patrimônio da PROAF, coordenada pelo chefe de Divisão, Dilson Francisco Mafra Júnior, que mantiveram o local arrumado, limpo e com todos os itens catalogados. Essa manutenção possibilitou a agilidade para chegar ao documento final, o edital de chamamento público que resultou na retirada, doação, e reaproveitamento dos materiais, conforme o conceito de logística reversa.
