Exposição aborda resistência feminina durante o regime militar no Brasil
Exposição aborda resistência feminina durante o regime militar no Brasil
reunindo diversos materiais, a exposição segue em cartaz até o dia 30 de agosto, podendo ser visitada das 8h30 às 17h.A partir desta quinta-feira (26), a Réplica da Primeira Capela Ecumênica de Londrina, sediada no Calçadão da UEL, recebe a exposição “Páginas de Luta – O Jornal Brasil Mulher e a Resistência Feminina em Londrina”. O reunindo diversos materiais, a exposição segue em cartaz até o dia 30 de agosto, podendo ser visitada das 8h30 às 17h. A entrada é gratuita para todos os públicos.
A exposição “Páginas de Luta” apresenta uma variedade de materiais que documentam, a partir do trabalho de pesquisa sediado na UEL e vinculado ao projeto “Os documentos inéditos dos arquivos do SNI (Paraná-BR), do Projeto Opening The Archives e CIA (EUA)” apoiado pelo CNPq e Fundação Araucária, a vigilância enfrentada pelo jornal e a resistência exercida frente à repressão estatal. São exibidos painéis informativos detalhando a trajetória do Jornal Brasil Mulher e demonstrando o patrulhamento e a censura sofridas pelo jornal durante o regime ditatorial.
Dentre os destaques, estão documentos originais do Serviço Nacional de Informações (SNI), que ilustram a vigilância intensa sobre o jornal, incluindo relatórios e fichas de vigilância. Além disso, é exibido material gráfico e fotográfico, como capas do jornal e fotos históricas.
A curadoria é da cientista social, Lívia Campanheli, com coordenação do Gestor Social da Biblioteca Municipal de Londrina, Eric Carlos de Mari e do professor Fabio Lanza, do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Estadual de Londrina.

Lívia conta que o objetivo principal é destacar a importância histórica, social e cultural do Jornal Brasil Mulher, evidenciando o papel crucial do periódico na resistência feminina durante a Ditadura Militar brasileira e o ponto fundamental na história da imprensa brasileira. “O projeto visa preservar e divulgar a memória histórica do Jornal Brasil Mulher e promover uma reflexão sobre a luta feminina e as implicações da censura política durante a Ditadura Militar”. Além disso, é uma oportunidade para conhecer a história da resistência feminina e reescrever parte da história de Londrina, uma vez que é a cidade onde o jornal foi fundado, ressalta Campanheli.
A exposição é realizada em parceria ao Programa de Extensão Práxis Itinerante e ao CLCH Cultural.
Exposições de “Páginas de Luta”
A exposição foi inaugurada na Biblioteca Pública Municipal de Londrina no dia 10 de março de 2025, e foi exibida até o dia 29 de março. No dia 22 de maio, a exposição foi apresentada em uma ação do Práxis Itinerante, o Cine Práxis, no Anfiteatro do Centro de Estudos Sociais Aplicados (CESA), na UEL. O Cine Práxis recebeu os aprendizes da Escola Profissional e Social do Menor de Londrina (EPESMEL) para uma sessão do filme “Ainda Estou Aqui” e em seguida foram direcionados para “Páginas de Luta- O Jornal Brasil Mulher e a Resistência Feminina em Londrina”.

A iniciativa conta com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura/Diretoria de Bibliotecas Públicas e Coordenação de Atendimento, Programação e Extensão; e do Sindicato dos Jornalistas do Norte do Paraná – Sindijor Norte PR.
(Texto de Clara Borbalan e Lívia Campanheli, bolsistas do projeto “Os documentos inéditos dos arquivos do SNI (Paraná-BR), do Projeto Opening The Archives e CIA (EUA)”