Projeto usa exercícios aquáticos na recuperação de lesões do ombro
Projeto usa exercícios aquáticos na recuperação de lesões do ombro
Situado no Centro de Ciências da Saúde, o projeto apresenta uma alternativa para o processo pós-operatório de artroscopias feitas no ombroO projeto “ Exercícios aquáticos no pós-operatório de reparo artroscópico do manguito rotador ”, é coordenado por Jefferson Cardoso, professor do Departamento de Fisioterapia do Centro de Ciências da Saúde da Universidade (CCS), situado no Hospital Universitário de Londrina (HU). O projeto faz uso de exercícios aquáticos como alternativa para a recuperação de cirurgias artroscópicas (artroscopia) feitas no manguito rotador, que é um conjunto de quatro tendões que contribuem na sustentação da articulação do ombro.
Bolsista ininterrupto do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) há quase duas décadas, o professor possui experiência em projetos que envolveram exercícios da mesma natureza, mas com outras partes do corpo, como a região lombar. Porém, agora, ele optou por focar as análises e pesquisas em uma das principais e mais complexas articulações do corpo humano. “Já estudamos com pacientes reumáticos, como fibromialgia, espondilite anquilosante e com osteoartrite de joelho… Mas sempre envolvendo efeito ou efetividade dos exercícios aquáticos quando comparados com o solo ou não. Sempre nessa linha. O ponto foi que… Vamos para o ombro”, comenta o professor.
O projeto distribui suas atividades tanto na piscina do HU/CCS, quanto no Laboratório de Biomecânica e Epidemiologia Clínica que o Centro/Departamento possui, com a participação de alunos de graduação de Fisioterapia e de pós-graduação em Ciências da Reabilitação UEL-Unopar.

Os exercícios realizados dentro da piscina podem ser “livres” (apenas com a orientação do professor ou do participante do projeto) e resistidos, variando de acordo com o progresso do paciente e o grau de participação do próprio fisioterapeuta na execução dos movimentos, como explicou Cardoso. “Os exercícios são realizados, ora o paciente caminhando, ora ele encostado na parede, estático, fazendo os movimentos do ombro e ora ele deitado, com as boias”, explica o coordenador do projeto.
“Quando ele está em pé ou encostado na parede, são exercícios praticamente livres. Orientamos e ele vai fazendo os exercícios. Quando está deitado, fazemos mais passivo, então a gente mobiliza, a gente ataca, com manualidades, com as minhas mãos, para que eu atinja aonde o ombro do paciente precisa chegar, a amplitude que eu quero, o movimento que eu desejo, sempre relacionado com a clínica ou a avaliação prévia”, acrescenta o professor.
Cardoso destaca que o projeto também resulta de “pequenos passos” que se desenvolveram para algo maior, como descrito por ele ao relatar casos, por exemplo, de um paciente com fratura no úmero (osso que vai do ombro ao cotovelo) e dos próprios pacientes já atendidos com problemas parecidos.

“Muitas manobras feitas para o tratamento de fratura de úmero são similares às que serão feitas nos pacientes submetidos à artroscopia de manguito rotador, dos músculos do manguito. Então, no fundo, vamos gerando prévias, para depois montar um estudo maior que venha colaborar com o que a gente quer, alinhado com as pesquisas mais recentes na área da Fisioterapia Aquática”, concluiu.
O projeto recém contemplado no Programa Bolsas de Produtividade em Pesquisa pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) incluirá seus participantes pelo contato feito por parte dos interessados em integrar a pesquisa, por meio do telefone do Laboratório de Biomecânica ((43) 3371-2937).
(*Estagiário de Jornalismo da Coordenadoria de Comunicação Social)