IEESs têm série de ações dentro da 2ª Campanha de Erradicação do Racismo na Educação Superior na AL
IEESs têm série de ações dentro da 2ª Campanha de Erradicação do Racismo na Educação Superior na AL
Na UEL, a campanha “UEL na Luta contra o Racismo” foi idealizada por professores e estudantes de vários Centros de Estudos.As Universidades estaduais do Paraná – UEM, UEL, UNIOESTE, UEPG, UNICENTRO, UENP e UNIOESTE – têm desenvolvido várias ações para o combate ao racismo no Ensino Superior, no âmbito da pesquisa, ensino e extensão, dentro da 2ª Campanha de Erradicação do Racismo na Educação Superior na América Latina. Para avançar e fortalecer a campanha, as instituições estão propondo executar e divulgar um conjunto de iniciativas que já começaram a ser desenvolvidas pelas universidades participantes da proposta, a fim de promover um intercâmbio e dar mais visibilidade aos trabalhos em andamento.
A UEL integra a “Iniciativa para a Erradicação do Racismo na Educação Superior” – Iniciativa para la Erradicación del Racismo en la Educación Superior – proposta pela Cátedra da UNESCO para Educação Superior, Povos Indígenas e Afrodescendentes na América Latina. A campanha “UEL na Luta contra o Racismo” foi idealizada por professores e estudantes de vários Centros de Estudos.
As atividades serão desenvolvidas até 15 de novembro de 2021. Uma delas é a produção de microvídeos. Cada universidade produzirá dois sobre as ações desenvolvidas pela própria instituição, um sobre as políticas de ação afirmativa e outro sobre as iniciativas de combate ao racismo. Cada um terá a duração de até 3 minutos e serão disponibilizados numa página das redes sociais criadas no âmbito desta proposta, com os links de cada instituição participante.
Outra ação é uma Roda de Conversa a ser realizada, ainda em setembro, de forma remota, para lançamento da campanha contra o racismo nas universidades estaduais do Paraná. Os convidados são docentes, discentes negros cotistas, quilombolas e discentes indígenas. Serão utilizados dois microvídeos produzidos pela Cátedra UNESCO Educação Superior e Povos Indígenas e Afrodescendentes para possibilitar o intercâmbio e o conhecimento da realidade da América Latina nesse processo de luta contra o racismo.
Uma terceira ação é a gravação de microvídeos com discentes e docentes negros, quilombolas e indígenas sobre as vivências e as possibilidades de combate ao racismo nas universidades. A produção do material terá como parâmetro os microvídeos já produzidos pela referida Cátedra UNESCO.
A quarta ação será a realização do “II Seminário Ações Afirmativas no Ensino Superior: desafios e possibilidades”. O evento será realizado de forma remota na primeira semana de novembro e contará com palestras, minicursos e oficinas.
A quinta ação será o “II Seminário sobre o racismo estrutural e institucional nas Instituições de Ensino Superior: Racismo, antirracismo e a Base Nacional Comum Curricular – BNCC”, a ser realizado de forma remota na segunda semana de novembro, contando com palestras e rodas de conversa.
A sexta ação será a organização de um webinário sobre história e resistência da população negra e indígena no Paraná, a organização dos espaços será realizada por docentes, discentes negros, indígenas, quilombolas e/ou que tenham pesquisas na área. As oficinas e palestras serão transmitidas pela plataforma Google Meet. A palestra principal terá como tema História, resistência e protagonismo da população negra no Paraná e no Brasil.
A sétima ação consiste em quatro oficinas: A) Negritude e Universidade, para abordar e problematizar as dificuldades da população negra no acesso ao Ensino Superior, além do racismo institucional presente neste espaço. B) Saúde da População Negra, para discutir a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra; C) “Descolonizando costumes”: a ideia é desmistificar costumes, artefatos, religiões, festividades e pensamentos da cultura Indígena e afrobrasileira, comercializados e rotulados a partir de uma visão eurocêntrica; D) Literatura antirracista – Diálogos Literários – Leia Mulheres. Busca a representatividade e visibilidade dos diferentes setores da sociedade, a fim de combater a desigualdade de gênero e de vozes silenciadas.
Resultados
Para a professora Maria Nilza da Silva (Departamento de Ciências Sociais), diretora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB), são muitas ações, e muito variadas, o que cria uma grande dinâmica interinstitucional. Além disso, ao final das ações, no fim do ano, deve haver uma apresentação geral sobre os resultados alcançados. A professora observa ainda que a participação ativa de estudantes de graduação e pós-graduação fortalece ainda mais as ações.