Atividades contra o racismo aprovadas pelas Nações Unidas

Atividades contra o racismo aprovadas pelas Nações Unidas

A programação se encerrará no dia 20 de novembro, com um seminário on line para lançamento da campanha permanente “UEL na luta contra o racismo”.

A Universidade Estadual de Londrina deu início ao conjunto de ações da campanha “UEL na luta contra o racismo!”. Construídas em parceria entre a Comissão Universidade para os Índios (CUIA) e o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (NEAB), as ações foram aprovadas pela Cátedra UNESCO Educação Superior e Povos Indígenas e Afrodescentes da América Latina. A elaboração da campanha envolveu professores e estudantes de vários Centros de Estudo, e as atividades vão até novembro.

Toda a programação poderá ser acompanhada pelas redes sociais do NEAB e no perfil UEL pela Igualdade. Também podem ser acompanhadas no seguinte endereço – CUIA.

No dia 23 de setembro, será realizada uma Roda de Conversa on line com a participação de professores e estudantes negros cotistas, negros estrangeiros e indígenas, que falarão contra o racismo na UEL. Também serão apresentados dois microvídeos produzidos pela Cátedra UNESCO: Anny Ocoró Loango, do Conicet/Universidad Trés de Febrero (Argentina), e Marcia Mandepora Chundary, reitora da Unibol/Guarani (Bolívia), que abordarão a presença afrodescendente e indígena nas universidades como fator fundamental na erradicação do racismo.

(Divulgação)

A Roda de Conversa terá a participação de 12 estudantes, seis indígenas e seis negros, que no próximo bimestre estarão à frente de uma série de ações para sensibilizar a comunidade acadêmica. Serão produzidos microvídeos de relatos de suas vivências e estratégias de superação do racismo na UEL. Além disso, participarão da criação e elaboração colaborativa de uma logomarca para o site da campanha permanente “UEL na luta contra o racismo”.

Ainda entre setembro a novembro, outros 10 vídeos produzidos pela Cátedra serão veiculados no Projeto Tecendo Redes (que atua junto a outros coletivos e universidades brasileiras), na TV UEL (canal institucional), além de uma versão em áudio na Universidade FM. Todos com programação disponível on line.

Os microvídeos foram selecionados de forma a representar os segmentos afrodescendentes e indígenas de diferentes países. Sobre o primeiro, os personagens são: Joana Célia dos Passos (Brasil), Guilherme Diniz (Brasil), Henry Rebolleto (Colômbia), Francisca Marleide do Nascimento (Brasil) e Miriam Gomes (Argentina). Sobre o segundo: Daniel Loncon (Argentina), Nayra Eva Cachambi Patzi (Argentina), Eriki Miller Lima (Brasil), Shailili Zamora Aray (Argentina), Maria Calambas (Colombia).

Site – No início de novembro, será lançado o site da campanha, onde serão postados os  microvídeos produzidos pela comunidade da UEL em conjunto com aqueles produzidos pela Cátedra UNESCO. As publicações serão mensais, estendendo-se ao longo do calendário letivo de 2020/2021, em etapa posterior, como continuidade das ações.

A programação se encerrará no dia 20 de novembro, com um seminário on line para lançamento da campanha permanente “UEL na luta contra o racismo”, quando serão definidos encaminhamentos para ações permanentes de combate ao racismo na Universidade. O evento será no Dia da Consciência Negra no Brasil, que lembra o dia da morte do líder quilombola Zumbi dos Palmares, em 1695.

Para a professora Maria Nilza, Departamento de Ciências Sociais, do Centro de Letras e Ciências Humanas (CCH), coordenadora do NEAB, este é um momento histórico na luta contra o racismo no Ensino Superior no âmbito da Cátedra UNESCO com a participação de várias Instituições de Ensino Superior no Brasil, América Latina e Caribe. Além destes aspectos, soma-se a parceria da CUIA e do NEAB em ações antirracistas, numa luta comum para os dois órgãos da UEL com foco na população indígena e negra.

A professora Mônica Kaseker, Departamento de Comunicação, Centro de Comunicação, Educação e Artes (CECA), da coordenação da CUIA, diz que este é apenas um pontapé inicial no combate ao racismo na Universidade, pois o desafio é de longo prazo e vai depender do envolvimento de todos os centros e departamentos, professores, colaboradores e estudantes, na revisão profunda dos modos de ver, pensar e agir em relação à questão racial.

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